Os moinhos de Kinderdijk

Quem quiser conhecer um bonito espaço rural na Holanda, património mundial da UNESCO desde 97, venha, agora, comigo descobrir os moinhos de Kinderdijk!

E venha descobrir, também, qual a sua finalidade! Afinal, cartão postal Holandês que se preze tem que ter um moinho ou vários na paisagem do país!

Existentes de vários tipos, a maioria dos moinhos eram usados para drenar a água, uma vez que grande parte dos Países Baixos se encontram abaixo do nível do mar, embora existam outros que  serv(e/ia)m para a serragem de madeira, a moagem de cereais, na produção de tinta, de papel e até na extração de óleo.

Compostos por uma torre fixa e um capelo com velas, os moinhos sempre desempenharam um importante papel desde o século XIII, embora devido à chegada das máquinas modernas, o número destes tenha diminuído bastante (estimam-se que exista menos de um milhar quando comparado com os milhares de moinhos, anteriormente existentes).

Museu do moinho

Os moinhos pólderes, agrupados, têm a principal finalidade do bombeamento da água através da utilização do parafuso de Arquimedes, que puxam a água das zonas mais baixas para as mais altas, impedindo assim a submersão das terras (estes aqui drenavam o Alblasserwaard, na convergência do Noord com o Lek).

Lindo dia azulado! Depois de estacionarmos o carro numa ruela da aldeia de Kinderdijk fomos à procura de um local para o pequeno almoço e um multibanco. Várias tentativas sem sucesso! Tive a impressão que os Holandeses não têm o costume de tomar a primeira refeição do dia fora de casa e o primeiro local que encontramos aberto às oito e meia da manhã foi uma pequena padaria. Acabamos por tomar um raquítico pequeno almoço mesmo na entrada principal,  junto aos moinhos, onde também começam os passeios de barco, da região.

Apesar dos 19 moinhos de vento fazerem parte do património mundial da UNESCO não é cobrada qualquer entrada e são de acesso livre à exceção de um que foi convertido em museu (o estacionamento junto dos moinhos, no entanto, é cobrado).

No interior do nederwaard (museu do moinho) podem-se ver os vários aposentos, desde os quartos até à cozinha, onde até existe uma série de objetos típicos como louças e calçado, incluindo os famosíssimos tamancos. As divisões tão pequenas, distribuídas ao longo dos vários andares, mais parecem fazer parte de uma casa de bonecas que é difícil imaginar que ali vivia uma família com uma dezena de elementos.

E depois da visita ao museu aproveitamos para fazer um delicioso passeio pelos caminhos, acessíveis apenas a pé ou de bicicleta, nesta paisagem natural protegida, verdejante e cheia de fauna e flora local.

Bem, vou só ali comer um geladinho no Carvoeiro mas...Volto já!