quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Tenerife VII: Últimas actividades no sul

Mas o sul não vive só de praias, lojas, bares e discotecas. Existem outras atracções como o parque de diversões aquáticas (dizem que o Siam Park é o maior parque aquático da Europa), passeios de camelo, espectáculos medievais...mas que infelizmente não conseguimos (e também não quisemos) ir, por falta de tempo.

Mas antes de encerrar o capítulo sobre Tenerife (afinal já foram feitos seis posts sobre o assunto) vou escrever sobre as actividades realizadas nos últimos dias nesta ilha: visita ao Parque de Güímar, um bonito passeio de barco até Los Gigantes e uma hilariante massagem (hilariante, porquê? Perguntam vocês...continuem a ler até ao fim que já vão perceber porquê).


Pirâmides de Güímar

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Tenerife VI: as melhores praias da ilha!

Alguns de vocês perguntaram-me como são as praias de Tenerife. Em relação à essa questão, vou dar aqui a minha modesta opinião. Afinal, onde estão as melhores praias de Tenerife? Norte? Sul?




quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Tenerife V: na capital da ilha e "arredores"

Se há coisa que eu gosto de fazer é visitar a capital de qualquer país que seja (nem que depois me possa vir a arrepender, porque podia ter aproveitado o tempo, tão pouco, especialmente nas férias para ver e fazer outras coisas) mas pelo fico naquela: "Vi, está visto"! E Santa Cruz de Tenerife, a capital não é excepção! Não que seja uma cidade feia, nada disso. Até tem uns edificios bonitinhos, umas esculturas originais, mas é uma cidade com ruas iguais às demais (as marcas das lojas são exactamente as mesmas de qualquer cidade Espanhola) e sem grandes atracções, contudo...


Esculturas da Plaza de España

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Tenerife IV: no Teide, o tecto de Espanha

Preparados para subir? Na verdade, quantos minutos são necessários para subir 168 metros? Alguns, mas e se for a uma altitude superior a 3500 metros, com pouco oxigénio (em que tonturas e dores de cabeça são frequentes), temperatura de zero graus Celsius e um forte cheiro a enxofre?

domingo, 11 de dezembro de 2011

Tenerife III: Loro Parque (Puerto de La Cruz)

E o que seria um local tão turístico como Tenerife sem um parque temático como o Loro Parque, que tem atraído milhões de pessoas, desde 1972. E apesar de existirem outros (como os de diversões aquáticas) mas que não me seduziram particularmente, uma vez que não queria ficar confinada a recintos e a diversões habituais no Algarve, também não queria perder a oportunidade de ver um show único de orcas, deveras hilariante. Os shows dos alegres papagaios e as acrobacias dos simpáticos golfinhos também tiveram a sua graça mas não diferiram especialmente do parque temático Zoomarine (descrito no primeiro post do mês de Outubro).


Na entrada do parque


O inesquecível Loro Parque está situado em Puerto de La Cruz, no norte de Tenerife. É um parque temático onde existe uma grande e impressionante variedade de animais, alguns deles até em vias de extinção e uma vasta variedade de flora, que inclui um magnífico orquidário.






Como tinhamos já comprado os bilhetes nem precisamos de estar na fila para a compra dos mesmos, na entrada do parque.





Inicialmente, começamos por ver o "pinguinário", um habitat que recria o ambiente autêntico do Antárctico com dezenas de exemplares das várias espécies dos carismáticos e bonitos pinguins, no qual todos os dias são produzidas e libertadas muitas quantidades de gelo.







Antes de assistirmos ao show das orcas, fomos ver o grande túnel aquário que alberga mais de 20.000 espécies aquáticas, incluindo tubarões.









Mas no aquário o que adorei mesmo foi tirar todas estas fotos dos peixinhos tropicais!










No final da manhã, assistimos ao melhor (e a razão principal de termos vindo aqui) espectáculo: o das orcas ou baleias assassinas (chamadas assim por caçarem outras baleias). Estranhamos o facto de estarem a vender impermeáveis antes do início do espectáculo mas depois compreendemos o porquê. Uma parte integrante do show consiste em mergulhos e saltos acrobáticos das baleias que quando o fazem, saltam a grande velocidade e dão um valente banho no público, que fica sentado nos lugares juntos à piscina, nas filas assinaladas com a palavra "splash". A situação é mesmo hilariante, tanto que existe um grande ecran onde se pode ter a percepção dos banhos (e não só...também há uma animação muito carinhosa no início do espectáculo) . Por isso, se forem a este parque e quiserem tomar um banho extra é só se sentarem nestes lugares (os melhores banhos são nas zonas laterais), guardarem bem as máquinas fotográficas  e esperarem pelo espectáculo das bichinhas (hahaha).














A chuva miúdinha não nos impediu de vermos os restantes animais: gorilas, chimpanzés,  jaguares, tigres, tartarugas gigantes, preguiças, crocodilos, suricatas, leões marinhos (devido a obras não houve show destes, nesse dia) e muitas espécies de aves (existem mais de 300), a destacar a maior reserva de papagaios no mundo.














Vimos também o amoroso show dos golfinhos e as travessuras dos alegres papapagaios de plumagem multi colorida, no final do dia.
















Existem ainda atracções para os mais pequenos, uma série de lojas de recordações, um pequeno hospital de recuperação de aves, restaurantes e até um cinema onde se pode assistir a um filme sobre a preservação das espécies ameaçadas, em vias de extinção e "educar" os visitantes a serem respeitadores da natureza e dos animais, sendo estes os objectivos principais deste parque.





terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Tenerife 2: no noroeste da ilha

No noroeste (a ilha Gomera ao fundo)

De carro alugado, durante cinco dias, fomos percorrer a ilha. Começamos pela zona noroeste de Tenerife.  A partir da Playa de Los Cristianos, onde estavamos hospedados, fomos até Acantilado de Los Gigantes, Santiago Del Teide, Masca, Garachico e Icod de Los Vinos.

Acantilado de Los Gigantes é uma das paisagens mais impressionantes da ilha, com as suas paredes verticais e abismais que podem alcançar os 800 metros a pique até ao mar, sendo considerados uns dos mais altos da Europa.


Pormenor de Los Gigantes (visto do mar)

Apesar de tal imponência não se ver bem em terra convém vê-la do mar, através de um passeio de barco (que foi o que fizemos no último dia), onde se pode apreciar a grandiosidade destas paredes rochosas, cujo nome já o define. Devido às profundezas desta costa nesta parte da ilha, este local é muito apreciado para os amantes da pesca e mergulho.


Los Gigantes (visto do mar)


E naquele primeiro dia de viagem vimos que Tenerife é claramente demarcada em dois tipos de paisagem: o sul, muito seco, árido e desprovido de vegetação, enquanto que o norte é chuvoso e por isso dotado de imensa vegetação (foi fácil distinguir um sem número de vales cobertos de plantações de bananeiras, protegidos por barreiras cinzentas de pedra).

Depois de termos passado por Santiago Del Teide, onde existem várias áreas agrícolas de tomate, batata, vinha, legumes e cereais (além da bananeira), fomos até Masca, uma pequena aldeia com pouco mais de uma centena de habitantes e situado no Parque Rural do Teno, local propício para bons passeios a pé e observação da fauna e flora local.

Antigamente, era uma zona de refúgio de piratas uma vez que o acesso mais fácil era feito por mar. Os acessos por estrada eram (e continuam a ser) difíceis, tendo uma grande parte do percurso sido feito apenas por uma estrada de uma só fila e estreita (haviam umas pequenas bermas para encostar, caso houvessem outros carros em sentido contrário), com inclinação bastante acentuada e raras vezes protegidas com pequenas barreiras brancas.




Actualmente, é um dos locais mais visitados da ilha, e uma verdadeira aventura descer até à praia, num autêntico labirinto rochoso e natural, apesar do incêndio ocorrido no Verão, em 2007, nesse local.


Pomenores da região de Masca


Garachico, fundada em 1496, era o porto mais importante de Tenerife e até de todas as ilhas das Canárias, de onde partia uma infindável mercadorias para o Novo Mundo e de pessoas que partiam em busca de uma nova vida e das que voltavam à procura das suas raízes. Mas em 1706, o vulcão Teide entrou em erupção e arrasou toda o local, inclusivé o seu porto.





Devido ao mau tempo no mar, as piscinas naturais estavam fechadas assim como a ida impossibilitada à praia mais próxima (se aquilo se poderia chamar de praia, uma vez que estava cheia de calhaus).




Aproveitamos para ver o bonito Castillo de San Miguel, uma fortaleza construída em 1575 para a defesa da povoação dos ataques dos piratas e situado mesmo junto às piscinas naturais, antes de seguirmos viagem até Icod de Los Vinos.



Pormenores do Castillo de San Miguel (piscinas naturais nesta
 última)



Icod de los Vinos localizado numa encosta está cercado por vales fertéis de densas florestas de pinheiro e plantações de bananeiras, pomares e vinhas, tendo recebido este nome no século XVI, devido ao florescimento destas últimas.  Com uma bonita vista sobre o Teide, além da agricultura, o turismo tem proliferado e desenvolvido a cidade, nas últimas décadas. E Icod é constituído por casas senhoriais, palácios antigos, jardins, conventos e igrejas como a bonita igreja de S. Marcos localizada perto do símbolo da cidade.




O símbolo (e o cartão postal da ilha, além do Teide) que a identifica é sem dúvida o dragoeiro (Dracaena draco), uma árvore de tronco grosso e com elevada longevidade (esta deverá ter centenas de anos ou até mesmo milénios), fonte de resina que condensa e adquire a cor de sangue, líquido considerado esse com propriedades curativas (e até divinais para os Guanches). Este exemplar, dos poucos que existem no mundo inteiro, apesar de parecer muito pequeno na foto, tem 22 metros de altura e 70 toneladas de peso.





E antes de começar a anoitecer (isto de viajar na Europa, no Inverno, tem as suas desvantagens: o dia é muito curto) e depois da chuva miúdinha (tal como o dia anterior aquando da nossa chegada) fomos para o sul que, através das suas boas auto estradas do norte e do sul, nos permitiu em hora e meia estar no hotel.


sábado, 3 de dezembro de 2011

Tenerife I: "a Ilha da eterna Primavera"

Outros destinos mais paradisíacos podiam ter sido escolhidos para esta viagem de férias ao estrangeiro mas a caducidade do passaporte, o número de horas de voo (nem quero imaginar o horror em passar uma noite inteira, outra vez, no voo de regresso) e os poucos € disponíveis, aliados ao clima invernal dos países da Europa só nos fizeram decidir a viagem para um local menos frio do que a restante Europa, com poucas horas de voo e bem mais económico: as Canárias, em particular a maior (tanto em altura como em extensão) ilha das Canárias: Tenerife, considerada "a ilha da eterna Primavera", situada em pleno Oceano Atlântico, apenas a 300 km da costa Africana!







Mas claro que uma viagem não poderia ser "boa" sem ter uma boa dose de stress inicial, porque senão é a gripe das aves ou a gripe A ou as cinzas da nuvem vulcânica ou o peso/medidas em excesso das malas (por causa de ser em low-cost)... desta vez foram as dúvidas ao comprar a viagem a Tenerife, por causa da recente actividade vulcânica de uma das ilhas vizinhas (El Hierro) e depois no próprio dia do voo foi a (ex) greve dos funcionários do aeroporto e da própria companhia aérea (que soubemos dois dias antes). Mas tudo correu bem e o voo saiu à hora prevista sem sobressaltos!

O pacote turístico foi comprado na Travelplan numa agência de viagens (agradeço desde já à Geostar da Guia, EasyGo de Lagoa, Abreu da Guia e Best Travel de Portimão) constituído pelos voos da Air Europa (uma low-cost Espanhola) a partir de Sevilha (o carro ficou estacionado no aeroporto) e transferes a partir do aeroporto de Los Rodeos (norte de Tenerife) até ao hotel Paradise Park, onde ficamos alojados em regime de meia pensão (pequeno almoço e jantar). O passeio de barco (no último dia) e a entrada do Loro Parque também foram comprados à Travelplan!





Esta ilha foi anteriormente habitada até ao século XV pelos Guanches, provavelmente imigrantes do norte de África, até terem sido conquistados pelos Espanhóis em 1493, numa expedição constituída por 1000 soldados e 150 cavaleiros cujo objectivo era conquistar a última das setes ilhas das Canárias (as outras já tinham sido conquistadas em 1402)!


Pintura retratando os "Guanches" (Museu das Pirâmides de Güímar)


Tenerife é visitada por mais 5 milhões de turistas ao ano, o que a torna a mais visitada de todas as ilhas nas Canárias. Dotada de uma grande variedade de paisagens e micro climas, é possível admirar a neve no topo do vulcão Teide enquanto nos deleitamos a tomar banhos de sol e/ou de mar nas praias, ao lado.


Exemplo de paisagem (o Teide, ao fundo)


A flora é variada, com mais de 1700 plantas sendo 500 endémicas (originárias da região). A fauna também é peculiar com uma grande variedade de répteis, aves e de mamíferos marinhos que podem ser admirados no seu habitat natural (como golfinhos e baleias). Devido às condições atmosféricas, os observatórios astrofísicos têm um papel importante na observação dos céus e no estudo do Big Bang (como o observatório de Izaña, cuja entrada não é permitida). A gastronomia é variada, devido às influências da cultura Africana, Latino-Americana e Espanhola, juntamente com as criações da própria ilha, sendo rica em queijo, pescado, banana, batata (como as famosas batatas cozidas com pele ou "papa arrugá")  e vinhos.

O artesanato (rico em bordados manuais), a arquitectura (as casas típicas com varandas em madeira), as romarias e o famoso Carnaval (crê-se que seja um dos melhores na Europa) além da compra de artigos com baixos impostos  (Puerto de La Cruz é porto franco  desde o século XIX) também fazem parte dos encantos desta ilha.


E no final da semana, o nosso  Castelhano tinha  melhorado consideravelmente:   "Vale?!"  


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Palácio Nacional da Ajuda

Quem olhar  para a fachada traseira deste  edificio  inacabado, de  estilo neoclássico,  ninguém  poderá imaginar as riquezas albergadas no seu interior, de um dos palácios mais bonitos em Portugal que vi até hoje.

Devido ao terramoto de 1755, o rei D. José I ordenou a construção de um palácio (o último a ser construído em Portugal) num local considerado "seguro", no alto da Ajuda. Livre de sismos mas não do fogo foi aqui construído um antigo palacete, feito em madeira, onde a familia real viveu durante três décadas. Depois deste ter sido destruído por um violento incêndio foi construído o actual palácio, iniciado em 1802, que deveria ser grandioso mas devido às várias interrupções e alterações ficou apenas com um terço do projecto inicial.

Devido às invasões Francesas, o palácio só seria habitado posteriormente. De 1826-28 foi habitado pela regente D. Isabel Maria e em 1862 por D. Luís I e sua esposa D. Maria Pia de Sabóia que o tornaram residência permanente. Também foi aqui neste palácio que D. Miguel foi aclamado rei absoluto e D. Pedro IV jurou a carta constitucional na sala do trono.


Fachada traseira, dianteira e uma das esculturas à entrada do palácio


Declarado monumento nacional desde a implementação da república (1910) foi encerrado e reaberto como museu algumas décadas depois. Actualmente, além de servir de museu e ser uma antiga habitação real é também sede de instituições ligadas à cultura (como o Ministério da Cultura) e palco de cerimónias oficiais do estado.
Podem ser visitados dois pisos, no interior da maior parte do palácio (nas alas nascente e sul), aberto ao público: o térreo ondem podem ser admirados 20 aposentos privados reais e o andar nobre composto por 17 salas onde se realizavam as grandes recepções da realeza.

No piso térreo é obrigatório a visita à Sala do Despacho (onde o Rei recebia os seus súbditos e tratava de documentos oficiais) não sem antes passar pela Sala Grande de Espera (o tecto é lindissimo), à Sala da Música (uma das distracções favoritas da família real), à Sala de Estar, ao Jardim de Inverno (aposento privado com o tecto e as paredes revestidas de ágata da Caledónia), ao Quarto da Rainha, à Sala de Retrato do Rei D. Carlos (as paredes necessitam de restauro), à Sala das Tapeçarias Espanholas, à Sala Rosa (bem feminina, com peças de porcelana, apreciadas essencialmente no século XIX, vindas da região Alemã de Meissen) e à Sala Verde (onde nasceu o rei D. Carlos).

Pormenores da sala grande de espera
Em cima: sala do despacho
Em baixo: sala da música
Em cima: sala de estar
Em baixo: jardim de Inverno
Pormenores do quarto do Rei


Esquerda: sala rosa. Direita: quarto da Rainha


No andar nobre devem ser admiradas as salas: do trono, de baile, do corpo diplomático e o atelier de pintura do rei além da majestosa e faustosa sala de jantar.


Pormenores da sala do trono e escultura da sala de jantar

Pormenores da sala de jantar


As várias e lindas colecções de arte: escultura, joalharia, ouriversaria, pintura, têxteis, trajes, mobiliário, vidro, utensílios e fotografia, presentes em ambos os pisos, são marcas dos últimos vestígios deixados pela realeza nos últimos cinco séculos, em Portugal.


Quadros e fotos dos vários monarcas
Portugueses


Depois demos um belo passeio pelo Jardim Botânico da Ajuda, situado próximo ao palácio. Fundado em 1768, pelo Marquês de Pombal, é considerado o jardim mais antigo de Lisboa e destinava-se a local de recreio da familia Real, com inúmeras espécies vegetais de todo o mundo.  Em 1918, este jardim foi entregue ao Instituto Superior de Agronomia. O ciclone ocorrido em 1941 veio devolver a linda vista sobre o Rio Tejo, devido à destruição de uma grande parte do bosque formado no século anterior.




Horário (Inverno) e preço (adulto):

Palácio Nacional da Ajuda- das 10 às 17.30H; 5€ mas gratuito aos Domingos de manhã.
Jardim Botânico da Ajuda- das 09 às 18.00H; 2€ durante a semana e 1,5€ ao fim de semana.