sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Na rota dos Templários: Castelo de Almourol

Quem leu o post anterior a este, reparou certamente que na foto do mesmo encontro-me à frente de um castelo. Trata-se do castelo de Almourol, localizado perto de Vila Nova da Barquinha, região centro de Portugal!




segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Primeiro Aniversário deste blog

Faz hoje um ano que comecei a escrever este blog. Como o tempo passa depressa, parece que à medida que vamos ficando mais velhos, os dias, meses e anos ficam cada vez mais curtos.

 Ainda parece ontem, que comecei, a custo e com medo a escrever o primeiro post. Depois novas ideias, viagens e posts foram sucedendo...confesso que queria ter escrito mais, mas o tempo não abundou, em alguns dias não tinha qualquer inspiração, especialmente depois de um longo e cansativo dia de trabalho.
Parece que às vezes me faltam as palavras, mas no fundo, sinto que cresci a nível intelectual (estou mais curiosa em relação à vida no mundo e em Portugal), a nível cultural (mais culta ???) e talvez mais bonita (vaidosa, estou de certeza, pois quero aparecer bem nas fotos e então descobri que a maquilhagem faz verdadeiros milagres, especialmente depois de uma noite mal dormida....hahaha).





Como nem sempre tive viagens para contar, quis-me debruçar sobre aspectos importantes sobre o Algarve, como as amendoeiras em flor e (gulosa, assumida que sou) e os doces regionais algarvios. Outras viagens passadas como a nossa primeira viagem a dois (em Praga), a nossa lua de mel na República Dominicana, o cruzeiro ao Mediterrâneo e a viagem à Turquia foram aqui descritas. Afinal, estas viagens tinham sido feitas em anos anteriores. Outros posts sobre viagens passadas se seguirão.

Este post está bem curtinho mas representa, por si só, a comemoração deste primeiro ano!


quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Pão, pizza e biscoitos na MFP

Desta vez decidi fazer um post diferente, não a falar de viagens e passeios, mas sim das minhas primeiras receitas na máquina de fazer pão (MFP), da marca "Clatronic". Experimentei fazer pão branco, pão rústico, pão brioche com pepitas de chocolate, arroz doce, massa de pizza e biscoitos de limão.

Para os dois primeiros utilizei a farinha já preparada, com as instruções na própria embalagem, pronta a utilizar na MFP e que não dá qualquer trabalho, pois na maioria é só colocar água morna, depois a farinha na cuba e deixar a máquina trabalhar.





Antes de utilizar a MFP pela primeira vez deverá ser colocada um pouco de óleo alimentar dentro da cuba, que deverá ser levada ao forno a 180ºC durante 10 minutos, para evitar que o pão pegue. Recomenda-se que este procedimento seja repetido sempre que necessário.

A primeira receita de pão brioche (feito com a farinha de pão brioche) com pepitas de chocolate não deu muito resultado, já que o chocolate derreteu todo e se obteve um pão achocolatado. Repetiu-se o processo, substituindo o leite por água (simplesmente, porque me apeteceu) e utilizando as pepitas da marca "Vahine" (que não derretem).




Não vou deixar aqui a receita do arroz doce, porque ficou demasiado grunhento e pouco doce. Vou ter de afinar a receita (depois prometo que deixo aqui a receita).

Para a massa da pizza foram utilizados os seguintes ingredientes:

- 200 ml água morna
- 460 g farinha com fermento
- 1 col. (chá) sal grosso
- 2 col. (sopa) azeite
- 1 pitada de oregãos
- 2 dentes de alho esmagados

Juntei todos os ingredientes, pela ordem descrita anteriormente, na MFP, coloquei no programa "massa" e deixei a máquina fazer o resto.
Quando terminou, liguei o forno a 180ºC. Polvilhei a bancada com farinha, dividi a massa em dois (dá para fazer duas pizzas). Estendi a massa com o rolo da massa e coloquei-a dentro de um tabuleiro.
Pincelei a superficie da massa com azeite e piquei-a várias vezes com um garfo. Levei a cozer durante 10 minutos.
Depois disso, coloquei molho de tomate (juntei também um pouco de ketchup), cogumelos laminados, fiambre, queijo e oregãos por cima.
Levei ao forno durante 15 minutos. E apesar da pizza ter ficado com este aspecto estranho ficou muito saborosa.





A outra metade foi congelada e depois utilizada para fazer pão de alho. Depois de descongelada, foi pincelada com azeite e coberta com queijo ralado e azeitonas.

Para os biscoitos de limão foram utilizados os ingredientes e colocados pela seguinte ordem, dentro da cuba:

- 2 ovos inteiros meio batidos
- 180 g manteiga derretida no microndas
- 200 g açúcar
- 500 g farinha
- raspa de limão

Programei a MFP no programa "Massa" e deixei-a amassar apenas durante 15 minutos. Retirei a massa e levei-a ao forno durante 20 minutos a 180ºC, depois de ter sido moldada em argolas.
E o resultado foi este:




A MFP tem se revelado muito útil, uma vez que se consegue obter pão quentinho (e não só) a qualquer hora do dia, uma vez que dá para programar a que horas queremos o pão feito. Periodicamente, colocamos os ingredientes à noite dentro da cuba da MFP e no outro dia acordamos com um delicioso cheirinho a pão quente (nham...nham...).


sábado, 14 de janeiro de 2012

Na antiga cidade de Xelb (parte 2)



Mas se Silves foi uma importante cidade islâmica também foi sede do bispado do Algarve, até ao século XVI, na Sé: o principal monumento gótico no Algarve.



Está localizada no Largo da Sé e foi edificada entre os séculos XIII e XIV, talvez erguida sobre uma antiga mesquita (apesar de não existirem evidências de tal).



A nave principal apresenta 18 metros de altura e existem duas naves laterais com altares de talha dourada.
O seu interior alberga a pedra tumular de D. João II, aqui sepultado em 1495 (posteriormente translado para o Mosteiro da Batalha). Também, aqui, foram sepultados bispos e famílias nobres de Silves tais como: João Do Rego (juíz de Silves e Alcaide de Alvor, do século XV), seu genro Gastão da Ilha (escudeiro do infante D. João), D. Fernando Coutinho (bispo de Silves e Lamego, presente nas negociações do Tratado de Tordesilhas e defensor dos Judeus, do século XVI), Egas Moniz Teles (fidalgo de D. Manuel I, desta família sairam os primeiros povoadores da Madeira, tanto que existe lá uma povoação com o nome de Porto Moniz). O interior da Sé pode ser visitado quase todos os dias e o bilhete de entrada custa 1€.

Pormenores do interior da Sé

Na década de 80 do século XX, no local decidido para construir a cantina Municipal, pela Câmara de Silves foram descobertos importantes vestígios arqueológicos únicos e em bom estado conservação, a nível mundial. Trata-se do poço cisterna, um reservatório de água dos séculos XII-XIII, do período Almoáda e a peça central do Museu de Arqueologia, inaugurado em 1990, tendo sido abandonado o plano inicial da construção da cantina.

Em cima: entrada do Museu Municpal
Em baixo: Poço cisterna


Esse poço cisterna apresenta forma circular com 4 metros de diâmetro e 18 metros de profundidade. Tem a particularidade interessante de se poder circular por uma escadaria, com 1,20 m de largura, em forma de caracol, à sua volta, pela qual se podia alcançar facilmente água.
É possível ainda observar várias colecções de artefactos arqueológicos, dos diferentes períodos de ocupação da cidade, divididos por três pisos diferentes, desde o Paleolítico até aos séculos XV-XVII, séculos que demonstram bem a influência das rotas comerciais e contactos da cidade com outras regiões do mundo.




Mas entre eles, o período que mais se destacou foi, sem dúvida, o Muçulmano e está bem representado na exposição do terceiro piso: "Silves Islâmica: 5 séculos de ocupação", tendo sido o período Almoáda (XII-XIII) um dos mais importantes.




Verificou-se que muita da alimentação consumida pelos Muçulmanos, nesses tempos (através dos vestígios arqueológicos), consistia em: carne (cabra/ovelha predominante sob a forma de cozidos ou guisados, ausência de porco, como proibe a religião Muçulmana), mariscos e gastrópodes (a maioria era ameijoa, berbigão, ostra e caracóis terrestres) e peixe (essencialmente dourada e pargo).
Outros achados arqueológicos podem ser ali observados: projectéis de lanças, objectos de cozinha para confecção de alimentos (fogareiro, bilhas, potes, panelas, frigideiras), artefactos de decoração (como alfinetes de cabelos), fuso (para a fiação de lã). Um dos símbolos mais encontrados por toda a cidade são uma "pequena mão" para tocar à porta das habitações que representa a mão de Fátma (uma das filhas do profeta Maomé), símbolo muçulmano e que servia para proteger a casa do mau olhado.
O Museu de Arqueologia também integra a muralha da cidade desse período.




Depois foi possível observar a Câmara Municipal e o Centro de Interpretação Islâmica, um espaço dividido em três áreas diferentes: terra (importante enquanto material de construção), água (importante na irrigação de hortas) e poesia (poemas de dois importantes governadores da cidade: Al-Muthamid e Ibn Ammâr). Aberto desde 2002, tem entrada gratuita e encerra aos Domingos.
Estivemos, também, no jardim da praça do primeiro poeta referido (anteriomente) e na recente e moderna Biblioteca Municipal.




Próximo está a ponte Romana com vista para o Rio Arade e onde vimos estas bonitas gaivotas.







Um pouco afastada, no lado nascente (na estrada para Messines) está a Cruz de Portugal, monumento nacional com imagens alusivas à crucificação de Cristo, representados numa cruz de natureza calcária com 3 metros de altura e data de 1824.




Estar nesta cidade, com o encanto das suas casas de traços mouriscos, o Rio Arade, o vale fértil à volta cheio de árvores de fruto como laranjeiras, amendoeiras e alfarrobeiras  aliados ao grandioso castelo no cimo fizeram-me recordar velhas histórias cheias de lendas de princesas, jovens donzelas e príncipes mouros.

A não perder em Silves: os restaurantes "Marisqueira Rui" (com qualidade, apesar de carote) e o "Recanto dos Mouros" (refeições saborosas mais económicas).
Junto à Câmara Municipal existe, também, uma loja de vários produtos em cortiça tais como: guarda-chuvas, porta-moedas, postais, sapatos, chinelos, malas, carteiras e até cadernos.



sábado, 7 de janeiro de 2012

Na antiga cidade de Xelb (parte 1)

Qual é a cidade, qual é ela, cujo nome era Xelb durante o domínio muçulmano, situada no interior da região algarvia, junta às margens do rio Arade, a 15 km da costa e antiga capital do Algarve? Adivinharam?

Na Ponte Romana
(vista sul para a Sé e o Castelo)

domingo, 1 de janeiro de 2012

Retrospectiva de 2011

Aqui estou eu a fazer uma retrospectiva do ano passado. A primeira é que concretizei um projecto ambicionado há dois anos atrás: começar e manter um blog, porque começar é fácil de fazer mas manter já não é assim tão fácil, aliás tanto num blog como em todas as outras coisas.


Em Janeiro, a passagem de ano foi feita em Sagres (Algarve....hahaha...até parece que não vivo no Algarve todo o santo ano) e o primeiro fim de semana do ano foi passado em Estremoz, Arcos, Vila Viçosa (a destacar o seu bonito palácio, conforme está na foto abaixo) e a ver as bonitas vistas de Monsaraz. Depois de uns dias em casa, para recuperar de uma gripe, aproveitei a folga no último dia do mês para ir tirar algumas fotos das amendoeiras em flor em Alte, Silves e Messines.




Em Fevereiro, passamos um fim de semana em Lisboa. Fomos ver o exuberante Palácio da Pena  em Sintra, o grandioso Convento de Mafra e o lindissimo interior do Palácio de Queluz.
Fui tirar ainda algumas fotos de Armação de Pêra, num lindissimo dia cheio de sol.


Palácio da Pena


Em Março, fui dar um passeio a Loulé, palco de um dos carnavais mais antigos do país e depois na Terça de Carnaval fomos a Alte e fizemos um passeio de buggy na região de Loulé, no final do mês.


Mercado de Loulé


Em Abril, fomos passar o fim de semana na região centro, mais concretamente visitar as Grutas da Moeda, a pitoresca aldeia da Pia do Urso, o incrível mosteiro da Batalha e de Alcobaça, a bonita Nazaré, Leiria e praia de São Martinho do Porto.


Mosteiro da Batalha


Em Maio, foram onze dias de férias na Grã-Bretanha, estivemos no País de Gales, Inglaterra e Escócia, cujas aventuras foram descritas nos vários posts em Maio e Junho.


Tower Bridge (Londres)


Em Junho, fiz um passeio agonizante de barco pelo Algarve com uma amiga, participamos num rallypaper e passamos um fim de semana com um grupo de amigos na belissima ilha da Culatra.

Ilha da Culatra


Em Julho, fomos provar a doçaria conventual no Convento de São José em Lagoa e fizemos uma visita ao museu de Portimão.


Museu de Portimão


Em Agosto, depois de recuperada das contusões, fomos passar uma manhã no Spa "Suites Alba Resort & Spa", tirar fotos do alto da Fóia, fazer um piquenique e tomar banho na barragem de Santa Clara e numa ida à Lisboa aproveitamos para visitar o Museu dos Coches e ver um jogo de futebol no Estádio da Luz.

Museu dos Coches


Em Setembro, fomos ver as esculturas de areia na FIESA, à feira dos frutos secos em Alcantarilha, visitar o Pego do Inferno, ver as ruínas Romanas da Abicada e uma ida ao Zoomarine.


Pego do Inferno


Em Outubro, recuperada de uma gripe, fui fazer uma massagem no Spa "The Lake", ao museu da Quinta de Avôs e o último fim de semana foi passado na margem sul e Lisboa. Visitamos a casa museu José da Fonseca, o interior do supreendente Palácio Nacional da Ajuda e Cascais.


Interior do Palácio Nacional da
Ajuda


Em Novembro,  passamos uma semana de férias nas Canárias, mais propriamente em Tenerife, cujas aventuras já foram descritas. No primeiro Domingo desse mês, ainda fomos assistir à "subida impossível". Trata-se de uma prova realizada por mota cujo objectivo é fazer uma subida de mais de 100 m de altura (quase a pique) no menor curto espaço de tempo (apesar da subida ser quase impossível, daí o nome), numa serra, atrás da cidade de Silves.


Na subida impossível


Em Dezembro, fomos fazer os preparativos do Natal. De viagens...nada...foram jantaradas, almoços e mais jantaradas com colegas de trabalho, amigos e familiares, que se traduziram em algumas horas de divertimento e boas risadas. Aproveitamos os poucos dias de folga em comum para montar a árvore de Natal (sim, confesso que é muito infantil mas eu gosto dela assim mesmo), comprar as prendas de Natal e para a casa, além de termos estado a experimentado receitas na novissima máquina de fazer pão (prometo que depois eu deixo aqui umas receitas se derem resultado).





2011 foi um ano com alguns altos e baixos (mais altos que baixos, o mais baixo foi realmente o falecimento da minha avó materna, um dia depois de termos chegado de Tenerife).

Mas em resumo, foram quase quarenta dias de viagens e passeios no ano de 2011. Vamos lá a ver o que 2012 nos reserva.
Onde será que vamos no próximo fim de semana?
E nas próximas férias???

Desde já, o meu muito obrigada aos 25 seguidores deste blog que me "aguentaram" este ano.
E já agora, um FELIZ ANO NOVO para todos!