sexta-feira, 27 de maio de 2011

Londres II (Museus gratuitos)

Existem inúmeros museus e muitos deles gratuitos, em Londres. Visitamos o British Museum, a National Gallery, o Tate Modern, o Natural History Museum e o National Maritime Museum  (publicarei este no post de Greenwich)

O British Museum é o museu mais antigo do mundo e foi criado em 1753 para guardar a vasta colecção do médico Sir Hans Sloane. Tendo sido o primeiro grande museu público e gratuito, de todo o mundo, guarda, actualmente, mais de 6 milhões de peças, autênticos tesouros. Este museu tem 94 galerias (totalizando assim 4 Km) sendo as principais: Assíria, Egípcia, Grega, Romana, Asiática e a Europeia. Além das exposições fixas também existem algumas provisórias. Actualmente, existe uma com os tesouros arqueológicos sobreviventes do Afeganistão (depois da Guerra Civil e regime Talibã) que é paga e outra sobre a Austrália (gratuita).


O meu marido na entrada principal

O New Great Court foi inaugurado em 2000 e é a maior praça coberta da cidade.




Para ver todas as galerias é necessário um dia inteiro. Estivemos, apenas a manhã, a ver as galerias principais e as que mais nos interessavam. Assim vimos as amplas galerias do Egipto (uma das que mais gostei, podem-se aqui ver os procedimentos da  mumificação), da expansão Romana, da antiga Grécia,  do mundo Etrusco, da Turquia, da arte oriental e uma bonita exposição de relógios.









Este vaso Grego faz-me lembrar os livros de História (e eu que sempre gostei desta disciplina, não resisti a tirar algumas fotos e a colocar aqui uma).




Exemplo de obra Romana
Escultura do mundo Etrusco
Exemplar de obra oriental

Um bom sitio para meditar...

Exemplares de relógios na exposição (e acreditem que são mesmo muitos)


O National Gallery surgiu no século XIX e é o principal museu de arte de Londres, com 2300 pinturas desde o século XIII até ao século XIX. Tem uma das maiores colecções de pintura do mundo, especialmente do início do Renascimento Italiano e pintura Espanhola do século XVII. Existem aqui quadros dos melhores pintores: Velázquez, Rembrandt, Botticelli, Monet, Renoir e até um esboço de Da Vinci. Estes quadros são lindíssimos e gostei especialmente dos quadros de Ingres. E tive pena (mesmo muita) de não ter conseguido tirado quaisquer fotografias.


Dizem que Tate Modern é a mais importante galeria de arte moderna de todo o Reino Unido e exibe colecções de arte internacionais, de 1900 até à actualidade. Tem quadros de pintores famosos, tais como Picasso, Dali e Matisse. Mas, para ser sincera, não achei lá muita piada às galerias que vi, o edifício mais parece uma velha fábrica vista de fora, uma vez que esta galeria está alojada numa antiga central eléctrica.




E ao contrário deste último, o Natural History Museum é um museu tão bonito visto de fora como de dentro. A fachada de arquitectura românica é grandiosa.






 E o hall do museu é fantástico com os vitrais e as esculturas além do esqueleto de um dinossauro logo à entrada.






Fundado em 1881 como integrante do British Museum, embora actualmente seja independente, este museu possui 70 milhões de espécies divididas nos 5 ramos principais das ciências da vida e da terra (Botânica, Entomologia, Mineralogia, Paleontologia e Zoologia). 


Na galeria dos mamíferos, ao pé da baleia-azul, o maior mamífero do mundo

Vimos uma vasta e bonita colecção de rochas e minerais, um local (supermercado) que servia como simulador de sismos (é um bocado estranho sentir aquilo quando há tão pouco tempo sentimos um aqui, bem real, em Portugal) , uma colecção de fósseis, a linda galeria dos mamíferos e fizemos a viagem pelo Globo (subimos por um tapete rolante pelo meio de uma estrutura feita de ferro, zinco e cobre que simboliza a composição da Terra). Mais o que gostei mesmo foi da espectácular exposição, permanente, de esqueletos de dinossauros.


Galeria dos mamíferos
Galeria do Globo


Galeria dos dinossauros


Ovos e bébés dinossauros

Todos estes museus têm exposições permanentes gratuitas e por vezes exposições temporárias que são pagas. E existiam muitos mais em Londres para serem visitados gratuitamente (pelo menos algumas das exposições): National Portrait Gallery, Tate BritainScience Museum...
(Deve haver mais...quem souber que me diga...)

A nível cultural, Londres é tão boa como nenhuma outra!



quarta-feira, 25 de maio de 2011

Londres I

A nossa viagem da estação central de Cardiff para a estação de Victoria em Londres demorou 4 horas, um pouco mais do que comboio e a razão disso foi mesma a entrada na cidade e a chegada até ao centro que demorou mais de uma hora (absolutamente normal para o final do dia, numa cidade com mais de 8 milhões de habitantes). Mas mesmo assim, o tempo de percurso foi o estipulado e chegamos à estação de Victoria às 20.05H (viva a pontualidade Britânica). O autocarro tinha casa de banho, ar condicionado e era bem confortável (pagamos, cada um, um pouco mais de 20 £ pela viagem, de comboio era pouco mais caro).

Apanhamos o metro e fomos com as nossas malas e bagagens percorrer os 3900 m até à casa onde ficamos hospedados (não sabiamos que ficava assim tão longe e/ou que havia outros transportes como o comboio e o autocarro para lá chegarmos....lol).

Mas Londres é imensa: tem 10 zonas diferentes sendo a 1 a zona central e a 10 a mais distante e nós ficamos hospedados na zona 3. Ficamos a saber que muitos Portugueses vivem nas zonas 2 e 3. E ficar uns dias nesta casa, nesta cidade, foi realmente um desafio...acampar durante 5 noites num pequeno quarto (e novamente sem persianas...como é bom acordar cedo todos os dias...também não tinham ido lá para dormir...pensarão vocês...pois), andar muito de transportes (comboio, autocarro e metro) para chegar às principais atracções e principalmente andar muito a pé...e depois, também, fomos muito bem recebidos (nos dois primeiros dias até tivemos direito a jantarzão e tudo)!

No dia seguinte fomos até Piccadilly Circus e depois de termos vencido a fila para ir buscar o London Pass (já o tinhamos comprado previamente pela net mas mesmo assim tivemos uma hora na fila para o ir buscar) fomos até ao British Museum (ver próximo post).
O London Pass é um cartão que nos dá acesso à entrada em várias atracções de Londres. Compramos este cartão para ser utilizado durante 3 dias juntamente com 3 dias de travelcard (cartão que serve para comboio, autocarro e metro nas zonas da 1 a 6, após as 09H30). Compramos também um cartão Oyster que serviu para andar em todos os transportes de Londres nos outros dias e antes das 09H30 (desses dias em que tinhamos o travelcard).  Ambos se revelaram proveitosos.


Depois do almoço, perto do mercado de Covent Garden, fomos  passear e a admirar a arquitectura desta belissima cidade.


Entrada do mercado

Fachada de alguns edificios







Passamos por Trafalgar Square e vimos o National Gallery que tem obras de pintura espectaculares mas, infelizmente não nos deixaram tirar quaisquer fotos (o meu marido ainda me tirou uma mas apareceu logo um "gorila" que não nos deixou tirar mais nenhuma). Trafalgar Square é uma praça no centro de Londres feita para celebrar a vitória na Batalha de Trafalgar das tropas Britânicas contra as Napoleónicas, em 1805.

Entrada do National Gallery


Estivemos a ver pessoal a cantar e a tocar no meio da rua e depois seguimos em direcção a Westminster. Vimos o Parlamento Britânico que é denominado pela torre do relógio que contém o Big Ben que na realidade é o nome do sino, pesa 13 toneladas, e não é o relógio ou a torre como muitas pessoas pensam.


Big Ben

Ainda vimos, por fora, St. Margaret's Church, uma igreja Anglicana do século XV onde Winston Churchill casou e a famosíssima Abadia de Westminster (irei falar num próximo post) onde o príncipe William e Kate Middleton casaram há apenas 3 semanas (por falar nisso, com a compra do London Pass ainda recebemos de oferta uma caneca deles, além do desconto de 10%, por causa do seu casamento).





Tal como estavamos à espera, o primeiro dia em Londres foi de céu pouco nublado e sem chuva. E completamente estoirados, apanhamos o comboio de regresso a casa!





terça-feira, 24 de maio de 2011

Bath, a cidade dos "banhos"

Depois de umas sandes comidas à pressa no carro fomos para Bath, uma pequena mas graciosa cidade.

Bath está localizada a 100 Km de Londres e deve o seu nome às termas ou balneários Romanos que existem, ainda hoje, no centro da velha cidade junto à abadia medieval. Foi a primeira estância termal de Inglaterra e ganhou fama e popularidade no século XVIII, depois da visita da rainha Anne, em 1792. Estes balneários foram feitos à volta das 3 fontes naturais de água quente em Aquae Sulis (nome dado à zona de Bath pelos Romanos) provavelmente em 43 d.C após a invasão dos Romanos. Estes acreditavam que esta água tinha propriedades curativas (medicinais).

Além dos prédios vitorianos, dos jardins bem arranjados, das estradas largas (que as pessoas até zombavam, pois nessa altura não haviam carros e consequentemente não havia necessidade desses caminhos tão largos), Bath tem uma abadia espectacular e é um dos destinos mais populares de spa do Reino Unido, além de ser património Mundial da UNESCO!


Fachada de um edificio


Um dos jardins bonitos de Bath

A abadia de Bath, também chamada de igreja de S. Pedro e S. Paulo é uma igreja Anglicana, oriunda de um ex-mosteiro Beneditino, fundada no século VII, reconstruído no  século XII e depois no século XVI. Achei a suas fachada gótica parecida com a do Mosteiro da Batalha. Contudo, o tecto é de uma beleza sem igual (à excepção da catedral de St. Paul em Londres, infelizmente não tenho fotos), devido às suas delicadas e lindíssimas abóbadas em leque.

Aqui neste local foi feita a 1ª coroação do 1º rei Inglês (Edgar) e é um dos maiores exemplares de arquitectura gótica no Sudoeste de Inglaterra. A entrada é gratuita (muitas das igrejas na Inglaterra são pagas)!


Fachada da Abadia


Pormenor do interior
Interior (destaque para o tecto) da abadia

A rua mais majestosa de Bath é o "Royal Crescent" constituída por 30 mansões em forma de semi-círculo, obra-prima de John Wood, sendo que a nº 1 dessa rua é um museu. Vimos muitos dos locais deitados na relva, nessa rua, a aproveitar os raios do sol (para mim aquilo era mais a luz do dia....haha).

Royal Crescent

Estivemos depois algum tempo a passear nas ruas, a admirar as vistas do rio Avon (onde se podem fazer passeios de barco) e uma ponte que tem algumas semelhanças com a Ponte Vecchio (Florença), fomos ao mercado local (onde bebi mais um dos deliciosos hot chocolat) e depois a um pub local onde os meus 3 companheiros de viagem foram beber uma pint, antes de seguirmos para a viagem de regresso.

Margens do Rio Avon





domingo, 22 de maio de 2011

Stonehenge ou Avebury?

No dia seguinte fomos  ver Stonehenge, Avebury e Bath! Fizemos uma paragem no caminho para admirar estas casas de sílex com telhados de colmo que existem nesta região: a da Wessex, no sul da Inglaterra! Depois continuamos para Stonehenge onde estivemos pouco tempo.




O Stonehenge é um monumento pré-histórico, mundialmente famoso, feito em várias fases desde 3000 a.C. Poderá ter sido um local de culto ao Deus Sol mas o que foi realmente extraordinário foi a capacidade de erguer e deslocar pedras tão pesadas (para essa época).





Depois rumamos a Avebury (dista 32 Km a sul do Stonehenge). Crê-se que este local seja bastante similar a Stonehenge, embora as "pedras" sejam menos grandiosas mas em maior número. As mais de 180 pedras em círculo rodeiam a aldeia de Avebury e tornam-no no maior círculo de pedra do mundo (com 427 m de diâmetro e 11,5 hectares de área). Até existe uma capela e um pub que estão localizados no centro do círculo. Provavelmente também seria um centro religioso, astronómico ou de magia.


Depois de termos ido a um posto de turismo (era em simultâneo,também, uma capela, foi bonito ver que preservam e restauram todos os espaços antigos e isto aplica-se a todos os locais que visitamos na Grã-Bretanha) demos a volta ao "círculo", tiramos imensas fotos (até fingimos ser figuras de BD com as pedras...hihi), vimos corvos e muitos borregos a pastarem além de pessoas a fazerem piqueniques no local, tocamos nas pedras, sentimos a vegetação, visitamos uma igreja, humilde mas com alguns vitrais bem bonitos.


Posto de turismo e capela


Quem nem Astérix e Obelix!


Um pouco do "círculo"




Em resumo: não se paga entrada (8,5 £), pode-se passear à vontade entre as pedras sem que exista uma vedação à toda a volta, não temos filas de espera e nem magotes de pessoas para entrarem, como no Stonehenge. Ou seja, uma manhã muito bem passada!