domingo, 28 de outubro de 2012

No roteiro turístico dos Açores: o vale das F......

Qual é o local, qual é ele, com uma paisagem única e de rara beleza natural, onde existem caldeiras, pode-se cozinhar no chão e tomar uns belos banhos em piscinas naturais, com água a 40º C? Adivinharam?

Ah! E também onde se situa um dos vulcões, considerado para muitos, como um dos mais perigosos dos Açores.



sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O ananás e os licores de S. Miguel

Aviso importante: este post poderá conter linguagem de teor embriagante, ser altamente calórico e causar forte dependência no final (hahaha).

Piadas à  parte, a par do turismo, parte da economia de S. Miguel passa pela agricultura, numa ilha em que (quase) tudo cresce e muitos dos produtos aqui produzidos são exportados para outros países. Um desses exemplos é o típico ananás dos Açores e seus derivados, como as compotas ou os licores.



Quer saber mais? Ver para crer...

terça-feira, 16 de outubro de 2012

As mais belas lagoas de S. Miguel




Parece um daqueles postais que vemos por aí, não é? Mas não...fui eu quem a tirou. E só vos posso dizer que a acho magnífica e uma das maiores e mais belas lagoas Açorianas. Apresento-vos a: "Lagoa das Sete Cidades"!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Um pouco da história Micaelense 2

Contudo...doenças atacaram os laranjais nas últimas décadas do século XIX e aparecerem novos centros produtores no continente (o Algarve, por exemplo). Então os Micaelenses introduziram novas alternativas de cultivo: o tabaco, o ananás e as únicas plantações de chá em toda a Europa, ainda hoje existentes. Além disso, a exploração de gado bovino e o aumento da pesca forma(ra)m grande parte da economia de S. Miguel, embora o turismo tenha vindo a aumentar na ilha nas últimas décadas.




E se pensava que S. Miguel só são paisagens verdejantes e cheias de hortênsias a perder de vista, pastagens com vacas malhadas pachorrentas e encostas íngremes com um mar azulão a toda à volta, desengane-se! Afinal, ainda se podem encontrar outras...a começar na capital. Confira agora!

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Um pouco da história Micaelense 1

Embora não existam registos de quem exatamente "descobriu" as ilhas dos Açores, o que se sabe é que foi povoada na primeira metade do século XV (talvez 1432 ou 1444), possivelmente a 29 de Setembro, dia de S. Miguel, patrono então de Portugal e que deu o nome à ilha, tendo como primeiro capitão mandatário Gonçalo Velho Cabral.


Monumento nas portas da cidade (Ponta Delgada)

Os primeiros povoadores, atraídos pelas terras férteis e reduzidos impostos, trouxeram consigo gado, aves, sementes de trigo e de legumes para se fixarem e cultivarem as terras, num local abundante em vegetação, designado hoje como "Povoação", uma vila e sede de concelho de uma das freguesias mais bonitas que vi nesta ilha (as "Furnas").


Local da entrada dos primeiros povoadores da ilha


Esta zona é conhecida como o "celeiro da ilha" devida à alta fertilidade dos seus terrenos e a consequente elevada produção de cereais e batata.


Centro da vila


Ao percorrerem a costa oeste, esses povoadores encontraram uma zona plana ao nível do mar e aí se fixaram, dando origem à povoação "do Campo".  Como ficou isenta de impostos, pouco tempo depois começou a ser chamada vila franca, atraindo cada vez mais pessoas o que deu origem à primeira capital da ilha, conhecida hoje como "Vila Franca do Campo".


Vista de Vila Franca (a partir da ermida da Nossa Senhora da Paz)


Aos primeiros povoadores sucederam-se outros, oriundos  principalmente da Estremadura, Alto Alentejo, Algarve e Madeira, assim como judeus, mouros e até estrangeiros como Franceses (existe uma terra no noroeste chamada "Bretanha").


Moinho na Bretanha

O rápido crescimento económico deveu-se essencialmente à localização geográfica e às características dos solos, importantes para a produção de açúcar e plantas tintureiras de pastel ou urzela (líquen), e a partir das quais se obtia um corante azul para tingimento de tecidos.

Vila Franca do Campo, elevada a vila em 1472, era o mais importante porto comercial e alfandegário da ilha até que em 22 de Outubro de 1522 sofreu um violento terramoto, estimando-se que tenham morrido quatro mil pessoas. Outras zonas do norte da ilha (como Ribeira Grande) também sofreram fortes abalos sísmicos.

Os sobreviventes desta catástrofe natural foram então para Ponta Delgada, que se tornou cidade e capital da ilha em 1546...até hoje.

No século XVI, em S. Miguel ocorreram importantes lutas, tais como a batalha de Vila Franca em 1582, com a vitória dos partidários de Filipe II de Espanha sobre os apoiantes de D. António I de Portugal e no século XVII existiram ataques corsários, com especial destaque nos da armada inglesa. Até pode ser vista a marca do impacto de um projéctil na torre sineira de uma igreja de Vila Franca do Campo, de um ataque datado de 1624.

Torre da igreja S. Miguel Arcanjo

Com o declínio do comércio internacional das plantas tintureiras, em detrimento dos corantes sintéticos, começou a escassez para os Micaelenses, os habitantes da ilha de S. Miguel. Então surgiu a necessidade de uma nova alternativa: o cultivo da laranja, provavelmente trazida de Macau.

A laranja, exportada regularmente para a Inglaterra, a partir da segunda metade do século XVIII permitiu o elevado desenvolvimento económico e o consequente aparecimento de palácios e mansões, na paisagem de uma nova classe social: a burguesia, com os ideais de defesa do rei D. Pedro contra as ideias absolutistas de D. Miguel. Contudo...

Mas agora basta de histórias (mas que continuam no próximo post)!

Achei Vila Franca um charme! Depois de provarmos umas iguarias gastronómicas um pouco diferentes  (depois eu escrevo sobre o assunto) ao almoço fomos passear pela vila. Entre ruelas encontramos muitas igrejas e ermidas (existem mais de dez), um convento e os paços do concelho, um bonito edifício do século XVIII, encimado por uma esfera armilar (instrumento astronómico).


Igreja da Misericórdia (é do século XV e uma das mais bonitas)

Paços do Concelho


A norte de Vila Franca existe a ermida da Nossa Senhora da Paz, um templo do século XVIII com vistas absolutamente deslumbrantes sobre a vila.







E com muita pena minha, por razões meteorológicas, não podemos ir até ao ilhéu de Vila Franca, situado a 1200 metros do porto, um cone que contém no seu interior uma caldeira circular cheia de água e onde se pode(ria)m tomar uns belos banhos (sniff...sniff...).






segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Na ilha mais verde dos Açores


Vista parcial das Furnas


Já há alguns anos que tinha o desejo de conhecer os Açores até porque já estive na Madeira há algum tempo (na realidade foi a minha primeira viagem aérea, com a minha melhor amiga, há sete anos atrás). Contudo, como o meu marido já lá tinha estado a trabalhar, colocamos esse destino de lado, ao invés de outros. Mas esta viagem não planeada (e por força das circunstâncias) foi agora concretizada. E só vos digo que é uma viagem perfeita para lua de mel, se casarem entre os meses de Abril a Agosto.

Quem não conhece nada dos Açores, deverá ficar a saber que estes são constituídos por nove ilhas, divididos por três grupos principais: o ocidental com as ilhas Flores e Corvo, o central com as ilhas Terceira, Pico, S. Jorge, Faial e Graciosa e o oriental com as ilhas de S. Miguel e Santa Maria.
A designação "Açores" vem do facto dos primeiros exploradores Portugueses ao avistarem as ilhas terem confundido outras aves que sobrevoavam as ditas com "açores" (e ainda bem, senão imaginem só que as ilhas, hoje, se chamavam "Milhafres"...hahaha).

A maior (e uma das mais completas, segundo dizem) é sem dúvida a ilha de S. Miguel com 747 km2.
Caramba, como eu gostei desta ilha. Quer um sitio mais verdejante e com mais graça do que S. Miguel? E se gostar de flores, este é o local perfeito para si (e isto não é nenhuma campanha publicitária)!






Do aeroporto de Lisboa fomos diretamente para Ponta Delgada, a capital da ilha, embora tenhamos apanhado um pequeno "susto" ao termos visto o primeiro voo (antes do nosso) a ser adiado algumas horas, para S. Miguel. A "Nadine", uma tempestade tropical, estava a assolar a maior parte das ilhas dos Açores, precisamente nesse dia, e vários voos tiveram de ser cancelados, embora (e felizmente) os estragos tenham sido poucos, uma vez que não passaram de ventos e chuvas fortes. Quando fomos buscar o carro à agência (que ainda era um esticão desde a outra ponta de Ponta Delgada, onde ficava o nosso hotel) ficamos literalmente ensopados até aos ossos e com o mapa da ilha desfeito em pedaços.
Outra situação "mirabolante" foi o facto do GPS não ter o mapa dos Açores (sei que são um bocado afastadas de Portugal Continental, mas não estarem no GPS é um  bocado demais...). Mas atribulações à parte, a viagem correu bem, demos algumas voltas à ilha inteira (cinco dias foram suficientes para ir e voltar aos locais de maior interesse), o tempo melhorou nos dias seguintes e só no voo de regresso, é que regressamos três horas e meia mais tarde do que o previsto (na realidade, viemos num voo de longo curso da SATA, vindo de Boston, que chegou atrasado). Mas, tirando tudo isso, foi... perfeito!




Foram cinco dias de passeio numa deslumbrante paisagem natural (lindissimas e várias lagoas, cascatas, campos floridos e cheios de vacas, luxuriante vegetação), puro ar fresco, boa comidinha, bonitas igrejas e monumentos e algum relax ...no Parque Terra Nostra e na piscina do hotel. O hotel Vila Nova, apesar de ser apenas três estrelas, é um dos melhores da ilha e está bastante bem localizado em Ponta Delgada.

Se as cidades têm jardins, aqui é a ilha toda, um enorme jardim, onde estão contidas as cidades!

Tudo isto existe, tudo isto é S. Miguel! Venha agora comigo descobrir os recantos encantados e saber um pouco de história desta ilha, a mais verde, de todas dos Açores!

Ah! E já me esquecia de agradecer à agência de viagens Easy Go de Lagoa, onde comprei o pacote turístico (e a não ser que haja algum tipo de desconto nos voos da TAP ou SATA, únicas companhias aéreas a viajarem para os Açores, comprar em pacote fica mais em conta, pois também estão incluidos os transferes e os seguros, além dos voos e alojamento).