sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Na lar de Monet (Giverny)





O dia chuvoso não nos dissuadiu de visitarmos Giverny para conhecermos o último lar do pintor Oscar-Claude Monet (1840-1926). Este mestre, inovador, revolucionou o mundo da pintura com um novo movimento artístico: o impressionismo, derivado de um quadro seu intitulado "Impressão, nascer do sol" (1872).

As pinceladas soltas associadas à luz e ao movimento são os principais elementos desta técnica. Visto de perto, a tela aparenta ser somente borrões, pois as tintas não são misturadas a fim de obter as cores mas sim feitas pinceladas de cores puras colocadas umas ao pé das outras, que depois são misturadas pelo olho do observador, quando se vê o quadro de longe.

Depois de abandonar o exército, este celébre pintor não se conformava com as antigas pinturas tradicionais e começou a utilizar esta nova técnica. Passados onze anos depois de ter pintado o quadro que deu origem ao movimento, Monet mudou para Giverny onde passou as últimas quatro décadas da sua vida a pintar uma série de quadros com a imagem da catedral de Rouen (uma das mais bonitas do norte da França que irá ser descrita no post sobre Rouen), flores, nenúfares, o lago, a pequena ponte japonesa (conforme se pode ver ao fundo, a verde vivo, na primeira foto) e outros elementos presentes nos jardins de sua casa.








Apesar da polémica e da controvérsia em torno das suas obras iniciais, este novo movimento teve grandes seguidores, tais como Manet, Degas, Renoir...

A 75 km de Paris e a 67 km de Rouen fica Giverny, uma pequena mas bem tratada e florida povoação. O seu atrativo principal é sem dúvida a habitação e os jardins de Monet que cativam meio milhão de visitantes por ano assim como pintores que procuram a luz e o encanto do vale do Sena.

Os seus jardins, cuidadosamente arranjados, são autênticas obras de arte. O primeiro jardim é composto por muitas plantas que florescem ao longo dos vários meses do ano, onde existe também um pomar e uma horta. Como adoro flores, fiquei completamente encantada com o local.










No segundo jardim (e para mim o mais admirável), designado como "Le jardin d'eau", existe o grande lago onde estão dois pequenos barcos de madeira, a ponte japonesa, alguns bancos e grandes árvores onde nos podemos abrigar do sol e da chuva (que foi o nosso caso).










Na sua habitação, típica casa de campo, podem ser vistas a sala de leitura, a despensa, o estúdio de trabalho (embora a maior parte das suas obras tenham sido feitas ao ar livre), a rústica cozinha com objectos de cobre e bonitos azulejos azuis de Rouen, a casa de banho, a sala de costura e a requintada sala de jantar com móveis amarelo forte bem originais e diferentes na época, assim como vários quadros espalhados nas paredes. Infelizmente, não se poderam tirar fotos do seu interior.



Fachada da casa


Vista parcial do jardim (1º andar da casa)


A três quilometros de Giverny fica Vernon (de Paris, pode-se ir até ali de comboio e depois junto à estação apanhar o autocarro para Giverny) onde não resistimos a tirar estas fotos da câmara municipal e da bonita igreja do século XVII, antes do almoço.







Obras de Monet podem ser admiradas no museu de Vernon, em Paris (museu Marmottan-Monet, museu d'Orsay, museu de l'Orangerie) e em muitos outros museus no mundo . Em Portugal, podemos ver alguns quadros deste pintor no museu Calouste Gulbenkian, como esta rara natureza morta.


Nature morte avec melon (Monet, 1872)



No próximo post...a não perder...a razão, porque mudamos de planos e do norte da França fomos para Brugge, na Bélgica! Fique para ver!




4 comentários:

  1. Sou suspeita para falar, pois adoro as obras de Monet e a casa dele (com os jardins, lógico) em Ginerny. Um passeio incrível!

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  2. Demais Giverny! Fomos a uns dois anos e adoramos. Parece que estamos dentro das obras de arte de Monet!
    Um abraço, Marina

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  3. Obrigada pela vossa participação neste blog!

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