6 de Junho de 1944. O começo do fim do domínio nazi na Europa, com a invasão da França pelos Aliados. Conhecido na história mundial como o dia "mais longo" do século XX, o "grande dia" ou simplesmente "dia D". Certo é que foi o dia que impediu Hitler de dominar o mundo, o primeiro dia da operação com o nome de código de Overlord que só terminou dois meses depois, a 22 de Agosto.
E depois de meses (senão anos) de planeamento, as primeiras horas desse dia seriam cruciais e decisivas: o desembarque teria de ser eficaz, caso contrário, a derrota final da Alemanha poderia ainda levar, talvez, anos.
Ao contrário do que os nazis pensavam, o desembarque seria feito nas praias da região da normandia e não em Pas-de-Calais, o ponto mais estreito entre França e Inglaterra (o efeito supresa foi uma das razões para o fracasso da Alemanha).
Foi, de facto, a maior invasão marítima, anfíbia e aérea, jamais vista, com milhares de soldados provenientes da América, Grã-Bretanha e Canadá (as estimativas apontam os 3 milhões de pessoas envolvidas na operação).
Ao longo de 80 km da costa, as praias da normandia seriam invadidas por uma extraordinária frota de 5000 navios, de todos os tipos. Com os nomes de código: Utah, Omaha, Gold, Juno e Sword, estas praias foram conquistadas a muito custo, em particular Omaha (e da qual resultaria a morte de mais de 3000 Americanos).
Antes de chegarem à terra, os soldados tinham ainda de enfrentar o vento e a forte ondulação (não é de admirar os vários afogamentos) antes de enfrentarem as minas, o arame farpado, os tiros dos canhões, os obstáculos porta espinhos e os tiros das metralhadoras...dos Alemães.
Também um exército secreto de pessoas residentes na França, a chamada "Resistência Francesa", ocupadas pelos seus disfarçados afazeres lutavam em silêncio e aguardavam ansiosamente por este dia. Afinal, a França estava a ser ocupada desde 1940!
Depois de ouvirem as mensagens de códigos, via rádio, transmitida pela BBC, cada uma dessas pessoas estava encarregue das mais diversas tarefas, tais como a sabotagem das estradas, dos caminhos de ferro, do material ferroviário, a destruição das linhas telefónicas e das eléctricas.
Sainte-Mère-Église, uma pequena e pacata cidade, também seria uma de muitas a fazer parte do cenário de guerra, incluindo ser pista de aterragem para milhares de paraquedistas.
Um destes, o soldado John Steele do 505º regimento da 82ª Divisão Americana em vez de ter caido numa zona balizada, depois de ser atingido com uma bala no pé, foi cair justamente no pontiagudo campanário da igreja. Para sobreviver teve de se fingir morto durante mais de duas horas, a metros das metralhadoras dos inimigos nazis (e com os sinos a repique)!
6 de Junho de 2012. Percorremos todos esses locais (coincidência ou talvez não) e pareciamos que estavamos a recuar no tempo, algumas décadas atrás, pois na realidade os Franceses fizeram uma recriação do dia D, uma celebração da vitória e da libertação da França, nesse dia.
Assim, vimos vários acampamentos militares à beira da estrada...
...memoriais dedicados às vítimas (militares ou cívis) ou aos heróis da guerra...
....os transportes terrestres utilizados (e a desfilarem nas ruas)...
Depois de visitarmos o interior da igreja de Sainte-Mère-Église com os seus bonitos vitrais...
...fomos passear até à Utah Beach (onde havia muito vento para variar)...
...e depois Colleville-Sur-Mer, onde visitamos o enorme cemitério Americano com mais de 9000 campas (as campas com estrela são de combatentes judeus) mas com uma vista magnífica para a praia.
O local é mesmo impressionante e não deixa ninguém indiferente. A tristeza e o respeito tomaram conta de nós, apesar do amplo espaço ser tão limpo, ordenado e silencioso.
E, sem tempo a perder, fomos então para Rouen!
Desembarque das tropas Americanas em Omaha Beach (Foto retirada da internet: Wikipédia, autor: Robert Capa) |
E depois de meses (senão anos) de planeamento, as primeiras horas desse dia seriam cruciais e decisivas: o desembarque teria de ser eficaz, caso contrário, a derrota final da Alemanha poderia ainda levar, talvez, anos.
Ao contrário do que os nazis pensavam, o desembarque seria feito nas praias da região da normandia e não em Pas-de-Calais, o ponto mais estreito entre França e Inglaterra (o efeito supresa foi uma das razões para o fracasso da Alemanha).
Foi, de facto, a maior invasão marítima, anfíbia e aérea, jamais vista, com milhares de soldados provenientes da América, Grã-Bretanha e Canadá (as estimativas apontam os 3 milhões de pessoas envolvidas na operação).
Ao longo de 80 km da costa, as praias da normandia seriam invadidas por uma extraordinária frota de 5000 navios, de todos os tipos. Com os nomes de código: Utah, Omaha, Gold, Juno e Sword, estas praias foram conquistadas a muito custo, em particular Omaha (e da qual resultaria a morte de mais de 3000 Americanos).
Antes de chegarem à terra, os soldados tinham ainda de enfrentar o vento e a forte ondulação (não é de admirar os vários afogamentos) antes de enfrentarem as minas, o arame farpado, os tiros dos canhões, os obstáculos porta espinhos e os tiros das metralhadoras...dos Alemães.
Também um exército secreto de pessoas residentes na França, a chamada "Resistência Francesa", ocupadas pelos seus disfarçados afazeres lutavam em silêncio e aguardavam ansiosamente por este dia. Afinal, a França estava a ser ocupada desde 1940!
Depois de ouvirem as mensagens de códigos, via rádio, transmitida pela BBC, cada uma dessas pessoas estava encarregue das mais diversas tarefas, tais como a sabotagem das estradas, dos caminhos de ferro, do material ferroviário, a destruição das linhas telefónicas e das eléctricas.
Sainte-Mère-Église, uma pequena e pacata cidade, também seria uma de muitas a fazer parte do cenário de guerra, incluindo ser pista de aterragem para milhares de paraquedistas.
Adro da igreja de Sainte-Mère-Église |
Igreja |
Um destes, o soldado John Steele do 505º regimento da 82ª Divisão Americana em vez de ter caido numa zona balizada, depois de ser atingido com uma bala no pé, foi cair justamente no pontiagudo campanário da igreja. Para sobreviver teve de se fingir morto durante mais de duas horas, a metros das metralhadoras dos inimigos nazis (e com os sinos a repique)!
Representação do paraquedista caído no campanário |
6 de Junho de 2012. Percorremos todos esses locais (coincidência ou talvez não) e pareciamos que estavamos a recuar no tempo, algumas décadas atrás, pois na realidade os Franceses fizeram uma recriação do dia D, uma celebração da vitória e da libertação da França, nesse dia.
Assim, vimos vários acampamentos militares à beira da estrada...
...memoriais dedicados às vítimas (militares ou cívis) ou aos heróis da guerra...
....os transportes terrestres utilizados (e a desfilarem nas ruas)...
Depois de visitarmos o interior da igreja de Sainte-Mère-Église com os seus bonitos vitrais...
Vitral da igreja |
...fomos passear até à Utah Beach (onde havia muito vento para variar)...
...e depois Colleville-Sur-Mer, onde visitamos o enorme cemitério Americano com mais de 9000 campas (as campas com estrela são de combatentes judeus) mas com uma vista magnífica para a praia.
O local é mesmo impressionante e não deixa ninguém indiferente. A tristeza e o respeito tomaram conta de nós, apesar do amplo espaço ser tão limpo, ordenado e silencioso.
E, sem tempo a perder, fomos então para Rouen!
Adoro essa região da França e sempre me faz pensar no que seria o mundo se não houvesse o desembarque dos aliados em 1944. Ainda hoje encontramos muitas sombras da guerra em todos os cantos da Normandia, sem contar as bombas que ainda são encontradas. Mas vc teve sorte de visitar em junho, as cidades ficam em festa, os espetaculos são muito bonitos!
ResponderEliminarPois é Milena, realmente aquela representação toda do dia D foi bem bonita!
ResponderEliminarRealmente aquele cemitério tem uma beleza unica e acredito que quem o visite não fique indiferente e ao saber da historia exista uma sensação estranha
ResponderEliminarBjs