Depois da breve visita ao Castelo de Almourol, fomos para o maior santuário de Portugal, localizado em Santa Iria, freguesia de Fátima, local de fé e visitado, por mim, diversas vezes.
Já passou quase um século, desde as aparições da Nossa Senhora a três pastorinhos (1917). Esse local que, descampado outrora, é hoje o maior santuário de Portugal e considerado um dos mais importantes a nível mundial, uma vez que é visitado por mais de 5 milhões de pessoas, anualmente. Na altura, o sitio das aparições foi assinalado com uma cruz de madeira e mais tarde edificada uma pequena capela.
Actualmente, o santuário é constituído por um conjunto de monumentos, um recinto de 86.000 metros quadrados e capacidade para quase 300.000 pessoas.
E mesmo quem não é Católico, a região de Fátima tem mais para oferecer...
A Basílica da Nossa Senhora do Rosário é o edifício principal, de estilo neo-barroco, construída com pedra típica da região, iniciada em 1928 e terminada só 25 anos depois. Consagrada ao Papa Pio XII, a praça onde a Basílica está inserida, é duas vezes maior do que a praça de S. Pedro no Vaticano (bem que eu achei a praça de S. Pedro pequena).
No seu interior estão os túmulos das duas crianças que testemunharam as aparições, diversos altares e o órgão, de 1952, com 12 mil tubos. Vimos as imensas colunatas que ligam a basílica aos edificios laterais e por cima delas, várias esculturas, todas feitas por escultores Portugueses. As maiores são os Santos Portugueses (Santo António, São João de Deus, Beato Nuno e São João de Brito) e as outras, mais pequenas, são Santos devotos à Nossa Senhora.
No amplo e restante recinto, existe a Capelinha das Aparições onde estão muitas pessoas a assistirem às várias celebrações religiosas, próximo a queima de velas e esculturas de cera (para pedir e pagar promessas), o Monumento do Sagrado Coração de Jesus, a moderna Igreja da Santissima Trindade (inaugurada em 2007, é um dos maiores templos Católicos em capacidade, a nível mundial), as estátuas dos papas que visitaram o local e até um módulo do muro de Berlim, prometido como promessa na queda do comunismo ateu.
Interior da Igreja da Santissima Trindade |
Módulo do muro de Berlim |
Mas Fátima não é só local de peregrinação e devoção Católica Romana. Quando passeavamos à volta do Santuário vimos Muçulmanos fazer uma das suas orações, em direcção a Meca.
Junto ao Santuário, existem vários museus para serem visitados: o Museu de Arte Sacra, o Museu de Cera de Fátima e o Museu de Cera "Vida de Cristo". Visitamos o último museu citado, único no mundo. Numa área de 4400 metros quadrados é possível admirar as 210 figuras de cera em 33 cenários de grande realismo (algumas são mesmo de arrepiar, porque parece que as pessoas figuras de cera se vão movimentar a qualquer momento), em vários momentos da Biblia, desde a anunciação do anjo a Maria até à ascensão de Jesus ao Céu.
Com entrada paga (8,5€), funciona das 09.00H às 18.30H. Deixo-vos algumas das fotos que ficaram com melhor qualidade (outras não ficaram bem devido à fraca luminosidade dos espaços) e que ilustram a vida de Jesus Cristo: nascimento, pregação (enquanto criança), baptismo, pregação (quem não tenha pecados que atire a primeira pedra), a última ceia, crucificação e morte (é impressionante a serenidade e a autenticidade da figura de Jesus, nesta última cena).
Com entrada paga (8,5€), funciona das 09.00H às 18.30H. Deixo-vos algumas das fotos que ficaram com melhor qualidade (outras não ficaram bem devido à fraca luminosidade dos espaços) e que ilustram a vida de Jesus Cristo: nascimento, pregação (enquanto criança), baptismo, pregação (quem não tenha pecados que atire a primeira pedra), a última ceia, crucificação e morte (é impressionante a serenidade e a autenticidade da figura de Jesus, nesta última cena).
Alguns quilometros mais à frente está a jazida das pegadas da Pedreira do Galinha, constituída por uma enorme laje de calcário que ronda os 175-180 milhões de anos de idade.
Localizada na Serra de Aire, possui a maior extensão de pegadas de dinossauros saurópodes, cujas marcas foram deixadas há 175 milhões de anos, sendo o mais antigo registo de pistas de existência de alguns dos maiores animais terrestres. Estes enormes animais eram herbívoros, quadrúpedes, com cabeça pequena mas com grande pescoço e longa cauda, sendo os membros posteriores maiores que os anteriores e com uma unha afiada em cada polegar.
Com entrada paga (3 €), encerra à hora de almoço (12.30-14.00H) e à segunda. Depois de um curto filme com as explicações detalhadas destas escavações arqueológicas fomos ver "na real e a cores" as famosas pegadas, embora à primeira vista nos parecem quase imperceptíveis, à medida que fomos avançando estas foram-se revelando.
A actividade extractiva no local colocou à superfície as várias pegadas. As manchas escuras com fracturas radiais (confundidas facilmente com pegadas) são resultantes do rebentamento de cargas explosivas.
As pegadas foram formadas devido à passagem dos animais sob sedimentos lamacentos, em plano horizontal. A invasão das águas permitiu a acumulação de mais sedimentos que protegeram essas mesmas marcas, endureceram e deram origem a camadas de rocha. Sob a acção de forças tectónicas, essas camadas foram dobradas, fracturadas e deslocadas formando as Serras de Aire e Candeeiros.
Na passagem pela jazida deve-se ter o cuidade de não atravessar a linha amarela presente por motivos de segurança pessoal (devido ao declive muito acentuado) e preservação das marcas.
A qualidade das pegadas é muito boa, isto porque, são profundas e apresentam contorno bem definido com marcas nítidas nos dedos. Apresentam o rebordo saliente que resultou da deslocação da lama do centro para os lados, sob o peso do animal. Os rastos são diferentes uns dos outros o que prova que ali passaram vários individuos distintos, com várias centenas de pegadas organizadas em vinte pistas diferentes.
No final da visita ainda estivemos a visitar um pequeno jardim e admirar esta linda vista da região!
Localizada na Serra de Aire, possui a maior extensão de pegadas de dinossauros saurópodes, cujas marcas foram deixadas há 175 milhões de anos, sendo o mais antigo registo de pistas de existência de alguns dos maiores animais terrestres. Estes enormes animais eram herbívoros, quadrúpedes, com cabeça pequena mas com grande pescoço e longa cauda, sendo os membros posteriores maiores que os anteriores e com uma unha afiada em cada polegar.
Escultura de saurópode |
Com entrada paga (3 €), encerra à hora de almoço (12.30-14.00H) e à segunda. Depois de um curto filme com as explicações detalhadas destas escavações arqueológicas fomos ver "na real e a cores" as famosas pegadas, embora à primeira vista nos parecem quase imperceptíveis, à medida que fomos avançando estas foram-se revelando.
A actividade extractiva no local colocou à superfície as várias pegadas. As manchas escuras com fracturas radiais (confundidas facilmente com pegadas) são resultantes do rebentamento de cargas explosivas.
As pegadas foram formadas devido à passagem dos animais sob sedimentos lamacentos, em plano horizontal. A invasão das águas permitiu a acumulação de mais sedimentos que protegeram essas mesmas marcas, endureceram e deram origem a camadas de rocha. Sob a acção de forças tectónicas, essas camadas foram dobradas, fracturadas e deslocadas formando as Serras de Aire e Candeeiros.
Na passagem pela jazida deve-se ter o cuidade de não atravessar a linha amarela presente por motivos de segurança pessoal (devido ao declive muito acentuado) e preservação das marcas.
A qualidade das pegadas é muito boa, isto porque, são profundas e apresentam contorno bem definido com marcas nítidas nos dedos. Apresentam o rebordo saliente que resultou da deslocação da lama do centro para os lados, sob o peso do animal. Os rastos são diferentes uns dos outros o que prova que ali passaram vários individuos distintos, com várias centenas de pegadas organizadas em vinte pistas diferentes.
No final da visita ainda estivemos a visitar um pequeno jardim e admirar esta linda vista da região!
Ficamos hospedados no Hotel Recinto, situado a 50 metros e com vista para o Santuário. Bastante bom, simples mas muito económico (28€ por quarto duplo com pequeno almoço). Após a noite tranquila (eramos só nós os dois no hotel) saimos de Fátima, esse local de paz, oração e muita esperança!
Mesmo para os não católicos, Fátima continhua a ser um local de paz e que merece profundo respeito. Todos os anos passo por lá.
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