No Algarve, tal como em muitas regiões do país, também teve (e tem) vários conventos. O termo conventus significa assembleia (em latim) ou seja, um local de reunião dos cidadãos Romanos para fins administrativos ou de justiça. Só depois, este termo é que passou a designar um edificio religioso concebido para albergar grupos de homens e mulheres, enclausurados, retirados do mundo exterior para servir e amar Deus.
Embora existam, actualmente, muitos conventos em ruínas, o Convento de S. José é um dos exemplares em bom estado de conservação, no Algarve.
Entrada |
Com efeito, este edificio do século XVIII serviu de albergue a donzelas devotas à Igreja católica que aqui foram instaladas. Não foi abrangido pela extinção das ordens religiosas, uma vez que era considerada uma instituição de solidariedade nacional, pois servia como centro de acolhimento de crianças, nessa época. Em 1876, a comunidade original foi substituida pela ordem religiosa terceira de S. Domingos, que nele instalaram um colégio até 1911, altura em que foi abandonado e saqueado. Foi posteriormente vendido e remodelado pela Camâra Municipal de Lagoa.
A capela (que faz parte do edificio conventual) serviu de local oratório, depois conservatória do registo civil, em 1940 voltou novamente a ser local de culto religioso, durante as obras da igreja matriz ficou a funcionar como igreja paroquial e em 1974 foi encerrado.
Altar da capela |
Em 1993, o convento abriu como centro cultural, com muito orgulho para a cidade de Lagoa.
Na semana passada, Lagoa foi, mais uma vez, palco da IX mostra gastronómica de doçaria conventual Portuguesa. De 20 a 24 de Julho deste ano, das 18 horas à uma da manhã, no convento de S. José pôde-se apreciar e saborear os vários doces produzidos e vendidos por três importantes pastelarias do Algarve, tais como a Quinta dos Avôs (Algoz), a Casa da Isabel e Bolos e Vitaminas, estas duas situadas em Portimão.
Neste certame, com entrada gratuita, pôde-se, ainda, assistir diariamente a um espectáculo musical e à degustação de um doce de uma das pastelarias.
Uma das esculturas de gelo |
E depois de termos visto as exposições da história do convento, de fósseis marinhos, de esculturas (também haviam várias esculturas de gelo espalhadas no espaço) e objectos religiosos, vimos ainda uma série de objectos rurais e antigos (balança, mó, máquina para partir amêndoa, esteira de seca de figos, carroças e embarcações de pesca em miniatura), as celas e o seu amplo corredor, os claustros e até uma sala de aula.
Corredor |
Claustro |
A sala de aula |
E no exterior, entre os vários doces (tacinhas de Alvor, bolos D. Amélia, pastel de batata doce, bolo de noz, torta de laranja e alfarroba), chamuças e caipirinhas, estivemos a assistir ao grupo musical de música ligeira Portuguesa: os Caruma!
Grupo Caruma |
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