sábado, 7 de março de 2015

Outras atrações de Peste (parte 1)!

Mas no lado de Peste não existe apenas o museu nacional, o Parlamento, as termas de Széchenyi, o parque dos heróis ou a Ópera! De fato, existem tantas outras atrações que merecem uma visita que eu fiquei meio na dúvida sobre as que visitar.

Pois bem, começando, na mesma avenida importante onde está situada a Ópera, está o "Museu Do Terror" (Terror Háza), um edifício meio tenebroso, local testemunha dos dois maiores períodos vergonhosos e trágicos do século XX : o racismo do regime nazi seguido da opressão do regime comunista!



As fotos estão interditas (conseguimos apenas as duas primeiras antes da compra dos bilhetes) neste (agora) museu mas anteriormente a sede do partido nazi em 1944 (a Hungria aliou-se à Alemanha numa tentativa de recuperar o território perdido na primeira guerra) e depois entre 1945-56 a residência das organizações comunistas (ÁVO), tendo servido de palco de morte e tortura de muitas pessoas por ideologias diferentes politicas ou religiosas.
A visita começa com este impressionante tanque de guerra na entrada e o museu é composto por vários andares e é dedicado não só a todas vítimas mortas neste local como também a todas as atrocidades sofridas durante as duas ditaduras terroristas.



Passamos pelos vários aposentos e não nos foi difícil imaginar os terríveis e tortuosos interrogatórios, nos quais a maioria das vitimas sucumbia, apoiados por um pesado ambiente sonoro, documentários e imagens expostas chocantes.
E as celas são especialmente tenebrosas com os seus instrumentos de tortura, paredes duplas, minúsculas e até com uma forca,  situadas na cave do edifício [nem consigo imaginar o frio durante o inverno se elas já estão assim tão frias, agora, no outono].
Apesar de grande parte das coisas não ter percebido, já que a maioria das informações estava em húngaro, existem algumas informações escritas em inglês. De qualquer forma,  gostei de ter visitado este museu, apesar do "nó na garganta" e do "estomago embrulhado" no final (qual casa de Anne Frank!).


Outra peculiaridade foi o fato, se por um lado, as fotos das vitimas estão no exterior do edifício, no interior estão as fotos e os nomes de todas as pessoas que contribuíram para a opressão e aniquilação das vitimas (como seria um museu aqui em Portugal com todas as fotos dos apoiantes do regime salazarista?).




E por falar em opressão e aniquilação de vitimas...
Junto ao rio Danúbio existe ainda, deveras, um macabro monumento: várias dezenas de esculturas de sapatos (onde ainda são lá colocadas flores) que representam todos os judeus atirados rio fora. Uma forma de humilhar ainda mais o povo judaico consistia em lhe tirar os seus bens mais queridos (neste caso, os sapatos) antes de os enviarem para a morte certa.




Apesar de toda essa anterior devastação do povo judeu durante o século XX, nesta cidade existe uma forte comunidade judaica pelo que não é de estranhar uma imensa variedade de produtos kosher (alimentos que seguem os preceitos da lei judaica) nos supermercados e também, a maior sinagoga da europa!

Iniciada a sua construção em 1854, com dois minaretes de estilo mourisco com uma cúpula em forma de bolbo, alberga, também, o museu judaico!





                                                                                                                                        (Continua)

4 comentários:

  1. Apesar de ficarmos com o coração apertado, visitar esse museu deve valer mesmo a pena! Fiquei curiosa

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É verdade Andreia! O museu é bastante interessante e vale bem a pena uma visita. Beijinhos.

      Eliminar
  2. r: Se experimentares depois diz-me o que achaste :)

    ResponderEliminar