quarta-feira, 21 de maio de 2014

De regresso da República da Irlanda!

Sete dias! Seis noites! Cento e cinquenta e quatro horas num país, provavelmente o melhor (e mais bem preservado), visitado por mim, até hoje! Cenário de filmes (e histórias!), de heróis (e vilões!) surreais, de poetas, nunca invadidos pelos Romanos, a ilha "esmeralda"- nome pela qual é conhecida- a Irlanda, é constituída por dois países diferentes com moeda e religião distintas: a Irlanda do Norte, que em conjunto com a Grã-Bretanha (já visitada por nós em 2011) forma o Reino Unido e a República da Irlanda que constitui 85% da ilha, de um país único com identidade e cultura próprias, com pouco mais de 4 milhões de habitantes!
Vamos lá?! Comecemos pela sua história...




Esta ilha só terá sido habitada há nove milhares de anos, provavelmente caçadores vindos de uma extensão de terra, a partir da Escócia e nos séculos seguintes, os Celtas impuseram a sua cultura, depois da sua migração das terras (soube-se recentemente, do sul e sudoeste) da península Ibérica.


Considerados os introdutores da metalurgia de ferro deram origem à idade do ferro na europa, após o período da pedra, do cobre e do bronze. No final, deste, executaram-se bonitas peças de joalharia de ouro como estas, vistas no National Museum em Dublin!



Os Celtas, convertidos ao cristianismo no século V d.C, divididos por pequenos reinos viveram uma época de ouro até à chegada dos Vikings. É possível ver os primeiros locais monásticos mais importantes e as High Crosses (as cruzes celtas que adoro, existentes em muitos vilarejos) e as torres redondas que serviam de vigia contra os ataques Vikings.



Os primeiros navios destes chegaram à Irlanda no século VIII e tornaram-se conhecidos, não só, pelo saque de mosteiros, como também pelos métodos inovadores na agricultura e na fundição de cidades fortificadas como a capital (Dublin)!



Apesar disso, os Vikings nunca dominaram a ilha e nobres Anglo-Normandos foram para lá a convite do rei Leinster no século XII. Após a cisão do rei Henrique VIII com a igreja católica, no século XVI, seguiram-se muitos anos de guerra, com a extinção dos mosteiros, conventos e abadias e negado o direito dos católicos de comprarem terras.


Posteriormente, os radicais influenciados pela América e França começaram a pedir a independência da Grã-Bretanha, o que só viria a acontecer em 1922, depois da emigração para os Estados Unidos e da morte (por desnutrição e doença) de dois milhões de pessoas, após a destruição  da cultura da batata, em 1845-8.

A República da Irlanda juntou-se à atual União Europeia, em 1973 e os subsídios atribuídos permitiram-lhes modernizar a sua economia predominantemente agrícola e agropecuária.


Apesar da "crise" e da "troika" o salário mínimo da população na Irlanda é de 1403€ (?!?!) atualmente. Tudo bem que o alojamento e a alimentação são mais caras do que em Portugal mas em compensação o salário é bem mais alto. O único senão: o clima!


Depois de ter chegado ontem à noite vejo, hoje, pela primeira vez as cerca das mil e quinhentas fotos que tirei ao longo desta última semana (as primeiras estão aqui). E que semana! Percorremos mil e seiscentos quilómetros de carro, a maioria no sudoeste Irlandês, onde vimos maravilhosas paisagens verdejantes de natureza intocável como montanhas, cascatas, lagos cristalinos, praias azuladas de areia clara e monumentos singulares como igrejas góticas e palácios/mansões/castelos deslumbrantes!


E claro que peripécias também nos aconteceram! Mas, antes disso, vejamos os preparativos desta viagem!

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