quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Marraquexe à vista (parte 2)!

O passeio continuava, então, no nosso primeiro dia de viagem, pelos "souks" (mercados) junto à praça principal de Marraquexe!




E depois, no final da manhã, momento de beber o primeiro chá de menta do dia e abrir o roteiro do American Express, para ficar a conhecer um pouco da história de Marraquexe e de Marrocos, no topo do Kafe Restaurant Merstan (onde voltamos mais algumas vezes; que saudades)!





Este país, com uma posição geográfica privilegiada entre o oriente, na áfrica e europa, possui uma história riquíssima e a sua herança genética é berbere (julga-se que os seus primeiros habitantes fossem berberes do leste), árabe e africana!

Depois de ter sido ocupado pelos Romanos foi ocupado pelos muçulmanos no final do século VII e introduzida a religião predominante até aos dias de hoje: o islamismo (apesar de nunca ter sido ocupado pelos otomanos)!


Marraquexe, que chegou a ter sido capital do país, era outrora um oásis das caravanas que viajavam para o norte pelo deserto e passavam pelas montanhas nevadas do atlas, é a terceira cidade mais importante de Marrocos e é uma das mais bonitas cidades imperiais, ponto de encontro e desenvolvimento económico entre africanos e europeus!

Apelidada como a "cidade vermelha" por causa dos seus edifícios pintados (quase unicamente) dessa cor, derivada de um pigmento do solo local, possui duas zonas principais: a medina (a "cidade" antiga) e a ville nouvelle (a "cidade" nova), fora das muralhas da medina!

Esta zona, também, chamada de "Guéliz" (deriva de église  ou igreja, em francês), foi ocupada pelos Franceses no século XX e possui largas avenidas, semáforos, passadeiras (as quais são respeitadas por todos), restaurantes modernos, centros comerciais, discotecas e a atração nº 1 do tripadvisor (que veremos no próximo post)!




A medina é constituída por um aglomerado de ruas e vielas estreitas que mais se assemelham a um labirinto e está rodeada por cerca de dezanove quilometros (com até nove metros de altura) de muralhas, datadas do século XII e várias bonitas portas trabalhadas, circundadas por estradas principais!



Bab Agnaou

Nos "souks", ali, vimos um vasto comércio de produtos, nomeadamente peças de metal, vestuário (adorei os vestidos brilhantes de cerimónia), calçado (como as vulgares coloridas "babouchas"), tapetes, antiguidades, especiarias, ervas aromáticas, mobiliário (por exemplo: o fabrico de sofás em plena rua), produtos metalúrgicos, peças de tinturaria, artigos de beleza (como o raro óleo de "argan"), lanternas e muitos artigos de alimentação (cereais a granel e metades de carcaças de carne e peixe, a céu aberto, sem qualquer tipo de conservação e muitas moscas)!











E, depois, andamos, contornamos e perdemos-nos naquelas ruas, cheias de locais (bem insistentes para venderem as suas mercadorias ou "ajudarem" nalguma direção, sem termos pedido), turistas, bicicletas a pedal (deve-se caminhar sempre no lado direito, sempre que possível), motorizadas e muitos burros de carga (a sério, nunca tinha visto tantos jumentos como ali), numa amalgama de verdadeiros odores (alguns bem pestilentos, outros nem por isso)!




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