O último post sobre a viagem a Marrocos e Marraquexe!
Depois da visita aos jardins Majorelle, já aqui descrito anteriormente, passamos a maior parte do nosso penúltimo dia na zona nova da cidade: a zona de Guéliz (que deriva de "église", "igreja" em francês), com as suas avenidas largas, passadeiras, semáforos (sim e respeitados!), hotéis de luxo, cafés (que servem alcool!), modernos centros comerciais, discotecas e bares famosos!
Parecia que tínhamos chegado a outro país quanto mais ser a mesma cidade (se bem que a verdadeira essência de Marraquexe e a que difere das demais seja a sua peculiar zona antiga)!
Depois da visita aos jardins Majorelle, já aqui descrito anteriormente, passamos a maior parte do nosso penúltimo dia na zona nova da cidade: a zona de Guéliz (que deriva de "église", "igreja" em francês), com as suas avenidas largas, passadeiras, semáforos (sim e respeitados!), hotéis de luxo, cafés (que servem alcool!), modernos centros comerciais, discotecas e bares famosos!
Parecia que tínhamos chegado a outro país quanto mais ser a mesma cidade (se bem que a verdadeira essência de Marraquexe e a que difere das demais seja a sua peculiar zona antiga)!
E nós começamos o dia pelo passeio de camelo [um dos maiores desejos da Liliana], perto do jardins Menara!
Olha só a pose desse camelo! |
Mas antes disso, um pouco da história de como se desenvolveu esta zona da cidade!
A "cidade nova" foi construída fora das muralhas da medina, após a conferência de Algeciras em 1904, quando a Inglaterra concedeu à França o domínio do país e Marrocos se tornou protetorado francês! Os franceses ocuparam esta zona da cidade e ai construíram as suas modernas habitações com ruas largas e características bem distintas, longe das muralhas da cidade antiga!
Após a segunda guerra mundial, houve uma revolta da população tendo o exilado sultão Mohammed V regressado a Marrocos e o país ficado independente (o atual rei Mohammed VI é seu neto)!
Depois de ter visto algumas fotos no guia turístico de Marraquexe, numa delas havia a presença de montanhas nevadas tiradas dos jardins menara. Quando lá chegamos, nada de montanhas (e nem neve) por sinal!
Vimos, sim, um amplo espaço com quase 90 hectares, muitas árvores de fruto, um enorme lago cheio de peixes (esses, também muito dissuadores de molharmos lá os pezinhos) no centro do jardim e um pavilhão de telhas verdes, utilizado pelos sultões nos seus encontros amorosos (segundo se diz, as escolhidas- ou seriam as rejeitadas?- eram afogadas no lago, no dia seguinte).
Vimos, sim, um amplo espaço com quase 90 hectares, muitas árvores de fruto, um enorme lago cheio de peixes (esses, também muito dissuadores de molharmos lá os pezinhos) no centro do jardim e um pavilhão de telhas verdes, utilizado pelos sultões nos seus encontros amorosos (segundo se diz, as escolhidas- ou seriam as rejeitadas?- eram afogadas no lago, no dia seguinte).
Antes da paragem nesses jardins fizemos um curto passeio de camelo árabe ou dromedário (só tem uma bossa ao contrário do verdadeiro camelo)! Depois de negociarmos o passeio, os três animais foram engatados uns nos outros depois de os termos montado (quando se levantam, dão uma sensação tipo montanha russa por se levantarem inicialmente nas patas dianteiras) e depois percorremos uns bons metros pelo jardim fora, durante um quarto de hora!
O esforço dos três bichinhos foi compensado por ração para toda a familia no final do trajecto (eles estão tão habituados a isto que no final do passeio já vinham a correr atrás de nós...tadinhos!).
Antes do almoço, uma paragem num shopping com um vulgar supermercado (com produtos tão semelhantes encontrados em qualquer supermercado francês à exceção das massas e especiarias a granel) e depois voltamos novamente à zona antiga onde nos esbaldamos a comer mais um delicioso gelado, um último chá de menta e a regatearmos nos mercados as últimas compras: o cheiroso óleo de árgan com gardénia (que adoro), as pequenas tajines, postais, porta-chaves, ímanes, bolinhos e postais, entre tatuadores de henna e demonstração de répteis (sim, já sei que vais deixar de ler a partir de agora, Raquel)!
Na última noite voltamos à praça Jemaa El Fna e comemos uma última vez nas barracas transformadas em restaurantes ao ar livre. De novo, toda aquela vibrante atmosfera cheia de música, jogos e muita comida com várias variedades de carne (excluindo a carne de porco), molhos e pão marroquino!
E saudades? Com certeza, não do emaranhado das ruelas, das ruas sem saída ou da confusão dos mercados, da carne e do peixe expostos ao ar livre, das "ajudas" insistentes dos locais (que um "lá, soukran", não resolvesse), dos pedintes (especialmente crianças e mulheres) ou dos chamamentos às orações bem no inicio da madrugada..ah...e das abelhinhas em cima dos doces bolos das pastelarias!
Mas, com certeza vou sentir falta da bonita arquitectura dos seus imponentes monumentos como o minarete da mesquita Koutoubia e é claro, do inconfundivel chá de menta!
Para quem gosta de fazer compras e tem paleio para o regateio aconselho a compra de bons objetos de couro, nomeadamente malas e sapatos (as típicas babouchas), além de tapetes, objetos de cerâmica, latão, lanternas, velas ou artigos de joalharia nos mercados especializados!
E será que gostaria de voltar a Marrocos? Claro que sim. Porque, primeiro "estranha-se depois entranha-se".
Não propriamente para voltar a Marraquexe mas para aproveitar a acampar no deserto, tomar um bom banho num hamman (como fiz quando estivemos na Turquia), visitar o interior da única mesquita aberta a não muçulmanos em Casablanca, ver as cidades romanas de Volubilis e Meknès, estar na cidade imperial de Fez, descontrair nas praias de Agadir, ver a capital política de Rabat com o seu mausoléu, a cisterna subterranea de El-Jadida, o porto de Tânger e a cidade branca de Chefchaouen!
Na última noite voltamos à praça Jemaa El Fna e comemos uma última vez nas barracas transformadas em restaurantes ao ar livre. De novo, toda aquela vibrante atmosfera cheia de música, jogos e muita comida com várias variedades de carne (excluindo a carne de porco), molhos e pão marroquino!
E saudades? Com certeza, não do emaranhado das ruelas, das ruas sem saída ou da confusão dos mercados, da carne e do peixe expostos ao ar livre, das "ajudas" insistentes dos locais (que um "lá, soukran", não resolvesse), dos pedintes (especialmente crianças e mulheres) ou dos chamamentos às orações bem no inicio da madrugada..ah...e das abelhinhas em cima dos doces bolos das pastelarias!
Mas, com certeza vou sentir falta da bonita arquitectura dos seus imponentes monumentos como o minarete da mesquita Koutoubia e é claro, do inconfundivel chá de menta!
Para quem gosta de fazer compras e tem paleio para o regateio aconselho a compra de bons objetos de couro, nomeadamente malas e sapatos (as típicas babouchas), além de tapetes, objetos de cerâmica, latão, lanternas, velas ou artigos de joalharia nos mercados especializados!
E será que gostaria de voltar a Marrocos? Claro que sim. Porque, primeiro "estranha-se depois entranha-se".
Não propriamente para voltar a Marraquexe mas para aproveitar a acampar no deserto, tomar um bom banho num hamman (como fiz quando estivemos na Turquia), visitar o interior da única mesquita aberta a não muçulmanos em Casablanca, ver as cidades romanas de Volubilis e Meknès, estar na cidade imperial de Fez, descontrair nas praias de Agadir, ver a capital política de Rabat com o seu mausoléu, a cisterna subterranea de El-Jadida, o porto de Tânger e a cidade branca de Chefchaouen!
Interior da entrada de um dos mercados (com preços fixos)! |
Mais uma viagem fascinante!
ResponderEliminarAndar de dromedário deve ser incrível *.*
Queria muito conhecer ! Que fotos lindas. Obrigada por partilhares .beijinho
ResponderEliminarelisaumarapariganormal.blogspot.pt
Obrigada minhas queridas Andreia e Elisa! Beijinhos.
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