quinta-feira, 15 de outubro de 2015

No (único) museu de cera no algarve (parte 2)!

Se não tivessem existido os descobrimentos, de certeza que não haveriam mais de 240 milhões de falantes na língua portuguesa e a língua oficial em mais sete países, além de Portugal (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste)! 

Embora a maior influência seja o latim, mais de um milhar de palavras portuguesas tem origem no árabe (principalmente as iniciadas começadas por al- ou ode-). E verdade seja dita, na epopeia dos descobrimentos, com a descoberta de novas terras, novos produtos, como animais, plantas e frutos desconhecidos, foram trazidos e com eles, as suas denominações originais (como "jangada", "pijama", "biombo", "banana", "girafa", "ananás", "amendoim", "cacau") que permaneceram no nosso vocabulário, até hoje!

Obviamente, que também muitos dos termos foram levados para essas terras distantes, tais como "kadera" (cadeira), "varanda", "kamisa"(camisa), "terigo" (trigo), "furasuko" (frasco), "bisukettu" (biscoito), "kesu" (queijo), "sapatu"(sapato), "lozo" (arroz) ou "matelo" (martelo)!





Continuando a "saga" dos descobrimentos, no único museu de cera do algarve, partimos agora...







                  



...à busca da conquista de Tânger e de Ceuta até à escravatura, à pirataria e à complicada vida a bordo! E depois até à passagem do Cabo Bojador, em mares difíceis de navegar com baixios e ventos fortes, contornado pelo algarvio Gil Eanes que só o conseguiu à décima terceira tentativa (1434)!

Estavam, então, abertos os mares para a conquista de novas terras, como o caso da Guiné (1445) e Cabo Verde (1461) e outras mais a sul!


Contudo, o desejo intenso de chegar até à Índia, numa procura incessante de produtos muito valiosos como as especiarias (quem diria que cravo e canela eram mais valiosos que o ouro?!) levou a várias expedições a contornar o tenebroso "cabo das tormentas", a sul da costa africana, mais tarde designado como o "cabo da boa esperança", feito esse por Bartolomeu Dias, em 1487!


Após uma viagem de quase um ano, Vasco da Gama chegou à Índia (1498) onde se encontrou com o governador da região, tendo sido estabelecidas valiosas trocas comerciais.

Daí vieram grandes riquezas para Portugal, tendo sido construídos imponentes e bonitos monumentos como o Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém, a mando do rei D. Manuel I!



                        



                




Pedro Alvares Cabral (descobridor do Brasil em 1500) e Fernão de Magalhães que fez a volta ao mundo, por mar, foram outros dos descobridores, que, aqui, também, estão representados!


                  



Neste museu fala-se, ainda, de Cristovão Colombo, outro valioso descobridor (nacionalidade? ao serviço de que rei? as respostas são controversas) e do tratado de Tordesilhas- um tratado que dividia o mundo ao meio- pelos portugueses e espanhóis, que começaram também à conquista de novos terras (1494)!

A chegada à China foi, também, uma nova oportunidade para os navegadores portugueses, em 1513, iniciando o contacto com uma nova cultura, tendo recebido Macau como "oferta", devido à sua ajuda contra a pirataria, que se manteve até 1999! E depois até ao Japão, um país com muito pouco contacto com o exterior, por Fernão Mendes Pinto!

              


E, refere, ainda, D. Sebastião como o rei desaparecido na batalha de Alcácer Quibir (1578) e o principio do fim da época de ouro para as descobertas portuguesas (por falta de descendência, o rei D. Filipe II de Espanha foi aclamado rei de Portugal em 1581)!


Considerado, ainda, como o poeta mais representativo da língua portuguesa: Luís Vaz de Camões, escreveu os Lusíadas, a sua principal obra onde poetisa a época dos descobrimentos, após ter sido ferido e perdido um olho, depois de uma batalha em África! O dia 10 de Junho, feriado nacional, é dedicado ao aniversário da sua morte e também é dedicado à Portugal e aos portugueses espalhados pelo mundo [assim, como é o aniversário do meu sogro]!





No final da visita (onde também são vendidos os ingressos de entrada) uma pequenina loja com lembranças, antes do documento com a importância da língua portuguesa e um exemplar de arte namban (um biombo ricamente decorado) e dos agradecimentos da visita ao museu, em 14 línguas diferentes!


                 





No final da tarde, fizemos ainda um pequeno passeio na praia do Tonel, perto de Sagres! Quem disse que o algarve só é bom prá visitar na época balnear?!


                   


5 comentários:

  1. Incrível! A minha vontade de visitar aumentou ainda mais*

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  2. Sim o Algarve é sempre bom. e para os residentes (que já fui) o Algarve ainda é melhor na época baixa, que por aí é curta. Agora fiquei na dúvida se o museu é em Sagres ou Lagos... vou ter de voltar a trás para ver. Um abraço !

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    1. Boa noite srº Carlos,

      O museu é em Lagos mas nós acabamos a tarde a passear perto de Sagres. Um abraço.

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  3. Adorei este post. =)) Já vi que história é contigo! Espero ter oportunidade de visitar! =)

    http://agatadesaltosaltos.blogspot.pt/

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