Quarto dia de viagem na França. Com uma bela vista sobre o Oceano Atlântico, na costa oeste da França vimos a praia de La Baule, a famosa estância balnear da côte d'amour, uma praia de 7 km de extensão situada na baía de Poliguen, sensivelmente a 80 km de Nantes e a bonita mairie (prefeitura/câmara municipal) de La Baule Escoublac.
Sem tempo a perder (e pouca sorte com o clima) levamos duas horas e meia para fazermos os 200 km que nos separavam de Saint Malo, uma cidade histórica situada na costa norte francesa e rodeada pelo canal da Mancha. Estavamos na Bretanha!
Confesso que Saint Malo não fazia parte do plano original das nossas férias, contudo, quando estava a efetuar a pesquisa dos hotéis pelo site da Booking eis que me apareceu um hotel com excelente pontuação a um preço modesto. Não resisti e foi logo o primeiro alojamento a ser reservado, para esta viagem. Recomendo vivamente: Villa Esprit de Famille. As instalações são óptimas, o acolhimento muito bom e o pequeno almoço soberbo (os doces e geleias são deliciosos e as madalenas caseiras arrebatadoras)!
E não me arrependi: a cidade é linda! Apesar do mau tempo, Saint Malo é constituída por impressionantes muralhas que rodeiam toda a cidade velha, apresenta um porto marítimo bem bonito, as habitações cuidadosamente cuidadas e as ruas limpas, tão limpas, que até haviam limpadores de algas durante a maré baixa às fortificações que protegem a cidade das intempéries (e, bem fortes, por sinal). Além disso, nunca tinha visto uma amplitude de marés tão grande!
Vista parcial da cidade pelas muralhas |
Após o almoço, fomos dar uma volta até à cidade velha onde vimos os bonitos edificios de arquitetura peculiar, pelo caminho...
...os desportos radicais....
...Le Fort National, um monumento histórico do século XVII, do arquiteto militar Vauban, cuja função era proteger o porto. Só acessível durante a época baixa, a entrada dentro do forte só pode ser feita nesse período e em algumas épocas do ano (e a bandeira francesa hasteada)!
No centro da cidade, edificios recentes como o Palais des Congrés estão juntos ao cais (onde estavam alguns barcos ancorados), aos bonitos jardins floridos e às fortificações da cidade velha (também designada como La ville intra-muros).
Na cidade velha, tentamos esquivar-nos da chuva ao entrarmos em algumas lojinhas apetitosas de chocolates e docinhos da região (como a patates de St. Malo, um delicioso bolo feito de massa de amêndoa, com café e kirsch), azeite e conservas.
E aí deambulamos entre a catedral de St. Vincent (onde está sepultado Jacques Cartier, natural de St. Malo ficou conhecido pelas suas três viagens ao Canadá em busca de ouro; razão pela qual se fala Francês no lado leste desse país), pelo castelo, pelas muralhas, entre os espaços ajardinados, pelas pequenas igrejas e capelas (como a Chapelle Saint-Aaron do século XVII), praças, esculturas e monumentos dedicados às vitimas das duas guerras mundiais, nas quais a França esteve envolvida.
No final do dia, ainda aproveitamos para fazermos as nossas primeiras duas caches em terras francesas, antes do jantarzinho regado a cidra. Mas o que realmente foi espantoso foi ver o quanto a maré tinha subido, em apenas algumas horas (o local embora não seja o mesmo acho que dá para ter uma ideia em relação ao paredão e aos toros)!