segunda-feira, 25 de julho de 2011

Convento S. José (Lagoa)

No Algarve, tal como em muitas regiões do país, também teve (e tem) vários conventos. O termo conventus significa assembleia (em latim) ou seja, um local de reunião dos cidadãos Romanos para fins administrativos ou de justiça. Só depois, este termo é que passou a designar um edificio religioso concebido para albergar grupos de  homens e mulheres, enclausurados, retirados do mundo exterior para  servir e amar Deus.
Embora existam, actualmente, muitos conventos em ruínas, o Convento de S. José é um dos exemplares em bom estado de conservação, no Algarve.


Entrada

Com efeito, este edificio do século XVIII serviu de albergue a donzelas devotas à Igreja católica que aqui foram instaladas. Não foi abrangido pela extinção das ordens religiosas, uma vez que era considerada uma instituição de solidariedade nacional, pois servia como centro de acolhimento de crianças, nessa época. Em 1876, a comunidade original foi substituida pela ordem religiosa terceira de S. Domingos, que nele instalaram um colégio até 1911, altura em que foi abandonado e saqueado. Foi posteriormente vendido e remodelado pela Camâra Municipal de Lagoa.
A capela (que faz parte do edificio conventual) serviu de local oratório, depois conservatória do registo civil, em 1940 voltou novamente a ser local de culto religioso, durante as obras da igreja matriz ficou a funcionar como igreja paroquial e em 1974 foi encerrado.


Altar da capela

Em 1993, o convento abriu como centro cultural, com muito orgulho para a cidade de Lagoa.
Na semana passada, Lagoa foi, mais uma vez, palco da IX mostra gastronómica de doçaria conventual Portuguesa. De 20 a 24 de Julho deste ano, das 18 horas à uma da manhã, no convento de S. José pôde-se apreciar e saborear os vários doces produzidos e vendidos por três importantes pastelarias do Algarve, tais como a Quinta dos Avôs (Algoz), a Casa da Isabel e Bolos e Vitaminas, estas duas situadas em Portimão.
Neste certame, com entrada gratuita, pôde-se, ainda, assistir diariamente a um espectáculo musical e à degustação de um doce de uma das pastelarias.


Uma das esculturas de gelo

E depois de termos visto as exposições da história do convento, de fósseis marinhos, de esculturas (também haviam várias esculturas de gelo espalhadas no espaço) e objectos religiosos, vimos ainda uma série de objectos rurais e antigos (balança, mó, máquina para partir amêndoa, esteira de seca de figos, carroças e embarcações de pesca em miniatura), as celas e o seu amplo corredor, os claustros e até uma sala de aula.


Corredor


Claustro


A sala de aula

E no exterior, entre os vários doces (tacinhas de Alvor, bolos D. Amélia, pastel de batata doce, bolo de noz, torta de laranja e alfarroba), chamuças e caipirinhas, estivemos a assistir ao grupo musical de música ligeira Portuguesa: os Caruma!

Grupo Caruma



quinta-feira, 21 de julho de 2011

Lua de mel em Punta Cana (Julho 2009)

Passamos a lua de mel, na República Dominicana, durante uma semana, mais concretamente em Punta Cana. A República Dominicana é um país das Caraibas, que ocupa 2/3 da ilha Hispaniola (o Haiti é o outro país que ocupa o restante território).

Ficamos alojados no hotel Catalonia Bavaro Beach. Este apesar de já ter alguns anos (abriu em 1996) é bastante bonito, enorme, com grandes espaços verdes bem tratados, lagos, pontes e algumas aves.











 O quarto era grande, uma enorme cama de casal confortável e uma grande banheira mas achei o mobiliário e as roupas de cama um tanto antiquadas.







O buffet era bastante variado, no início, mas ao fim de uma semana já estavamos com saudades das sardinhas e dos carapaus assados. As sobremesas eram boas mas faltavam-nos os nossos queridos pastéis de nata, os bolinhos regionais de amêndoa e os gelados saborosos (do Carvoeiro...então!).

Mas a principal diferença foi, sem dúvida, as pessoas que nos serviam: a cantarolar desde a manhã até à noite, com grande simpatia e paciência. A sua alegria de viver é contagiosa.

Além dos restaurantes buffet (haviam três, um deles ao pé da praia) haviam também os restaurantes temáticos para jantar, antes dos espectáculos nocturnos, no quais o vestuário utilizado devia ser mais formal (os homens não deviam entrar com calções mas sim de calças). Fomos jantar nestes restaurantes: Mexicano, Americano, Italiano e Japonês (o que mais gostei, devido à comida ter sido feita à nossa frente e muito...mas muito saborosa).


Entrada de um dos restaurantes buffet

Preparada para ir jantar


A nossa semana de férias foi quase passada só no hotel, à excepção das duas excursões realizadas (uma foi andar de buggy e outra até à bonita Isla Saona).

No hotel, aproveitamos para ir para a praia, para as piscinas, dançar nas aulas de bachata e merengue, comer e principalmente beber muito, em particular pinacoladas dentro do bar da piscina (punham pouco alcool mas depois de uma meia dúzia delas....hahaha).


O bar da piscina

Praia privativa do hotel Catalonia



O passeio de buggy foi muito giro. Inicialmente, fomos numa carrinha desde o hotel até ao local onde haviam os buggies. Depois de reunido o grupo (e de nos tentarem impingir a comprar alguns lenços para protegermos a cara) fomos dar um passeio vendo as casinhas rústicas e a população local até chegar a uma cascata natural interior, onde se pode tomar banho, e depois até à magnifica playa del Macao onde tomamos banho (e depois de estarmos completamente enlameados, que bem que soube)!


O nosso buggy

Playa del Macao (uma das melhores praias em que estive)

Na excursão à Isla Saona, fomos de autocarro passando por Higüey (vimos a enorme e bonita basílica de La Altagracia) e depois paramos em Altos del Chavon. Aqui está representada uma réplica de uma vila mediterrânica do século XVI com uma linda vista sob o rio Chavon. Começou a ser construida em 1976 e inaugurada em 1982, considerado o centro cultural do povo dominicano, existem aqui galerias de arte, restaurantes, lojas, um museu, uma escola de design, uma igreja e um magnifico anfiteatro em estilo Grego, com lotação para 5000 lugares (onde têm sido realizados grandes espectáculos musicais).


Vista para o rio Chavon


Anfiteatro


E de Bayahibe apanhamos uma lancha rápida para Saona. A uns km da costa desta ilha, paramos e estivemos a nadar no lindo mar azul turquesa, característico das Caraíbas.




Depois do almoço e de uns banhos de mar e de sol, viemos de catamaran dançando ao som dos ritmos calientes da bachata, do merengue e da salsa (e os nossos copos cheios de cola e rum)!


Isla Saona

E no final da semana, ao som de umas bachatas fomos para o aeroporto mais original que vi até hoje (o telhado é coberto de folhas de palmeira) e embarcamos para a parte mais chata de toda a viagem: o voo de regresso (o qual não dormi nada, para variar, devido ao choro de algumas crianças e ao friozinho, durante toda a noite).




segunda-feira, 18 de julho de 2011

O nosso casamento

Faz hoje dois anos que casamos...

Sabem aquelas cerimónias de casamento com 300 convidados numa igreja e a boda ser numa quinta conceituada da zona? Pois... não foi nada disso...muito pelo contrário.
A cerimónia foi bem simples e intima só mesmo com presença dos pais, de ambos, na Conservatória do Registo Civil de Silves às 12H30, no dia 18 de Julho de 2009.

A minha melhor amiga foi a fotografa e não podia ter sido melhor escolhida...captou todos os momentos (apesar de amadora)...e das mil fotos, estão aqui algumas que ilustram a minha (e nossa) felicidade:

Preparada...


Casadinhos de fresco

De seguida, houve um almoço no Restaurante Cangalho (junto ao Zoo de Lagos) com um serviço de restaurante muito bom e uma linda supresa como sobremesa (a foto está no post de Fevereiro: Doces Regionais Algarvios). Até estivemos (todos)  a dançar ao som de música pimba e tudo (haha)!


O nosso bolo de casamento


Após o almoço, fizemos a visita guiada ao Zoo de Lagos por um ex-colega e amigo meu que nos mostrou todos os recantos deste espaço espectácular, durante a tarde (a quem muito agradeço). Sabem, eu já conhecia este zoo há alguns anos e sempre o achei um sitio ideal para casar, principalmente esta entrada.





Nesta foto, o cavalo decidiu posar para a foto mas sem antes roubar um bocado do bouquet (hahaha):




E depois de termos visto os inúmeros animais, fomos alimentar os lémures:







E à noite, juntamos os nossos melhores amigos, para jantar, num restaurante de rodízio Brasileiro em Portimão (o meu maridinho nessa altura já tinha vestido uma roupa mais confortável, mas eu continuei com o meu adorável vestidinho e até atirei o bouquet de flores para as solteiras...haha).




A noite de núpcias foi no Hotel Oriental, num quarto com vista para o mar, em frente à praia da Rocha (oferta das minhas amigas), decorado com pétalas de rosa.





Na verdade, o dia do nosso casamento foi um dos dias mais bonitos da minha vida, para sempre recordar...




quarta-feira, 6 de julho de 2011

Aventuras e desventuras no mês de Junho (passeio de barco, "Rally Paper", ilha da Culatra)

As minhas (poucas) folgas foram passadas na praia, a fazer um passeio de barco desde Portimão até Armação, num Rally Paper, ir ao shopping novo de Portimão com os pais, jantares com o maridão a beber cidra (desde que provei na Grã-Bretanha, gostei, agora não quero outra coisa...haha) e a comer caracóis, almoçar com os sogros nos dias dos anos deles e um fim de semana bestial, passado na Ilha da Culatra, com um grupo de amigos.

No passado dia 3 de Junho fui dar um passeio de barco, pelo barlavento da costa Algarvia, com uma das minhas melhores amigas.
A viagem começou às 14H30 no cais Vasco da Gama, perto do clube Naval em Portimão. Antes da partida, foram dadas algumas instruções das normas de segurança e utilização dos coletes salva-vidas, pelo comandante poliglota.


Caravela Santa Bernarda



O céu azul...o tempo quente...pouca ondulação (no cais!)...tudo parecia tão perfeito e relaxante até...
...entrarmos em pleno Oceano Atlântico onde apanhamos ondas de 2 metros. E aí...comecei a enjoar (e não...não estou grávida!) e a vomitar (que sensação horrível...nunca tal me tinha acontecido, e olhem que já andei imenso de barco).

Passamos por Ferragudo, pelas fortalezas medievais, pelo farol Ponta de Altar e depois das velas terem sido içadas, rumamos a sueste e fomos vendo as várias praias e as bonitas formações rochosas resultantes da erosão natural, como a de Algar Seco.

Igreja de Ferragudo
Forte de S.João do Arade
Praia Grande (Ferragudo)

Farol do Carvoeiro (Lagoa)

Algar Seco


Devido ao mau tempo não foi feito o passeio, nos botes pequenos, às grutas e depois, de regresso desde Armação de Pêra, fomos até ao porto de pesca de Ferragudo onde estivemos a ver as tradicionais embarcações de pesca.






No passado dia 19 de Junho fui com o maridão participar no IX Rally Paper do GADAG (Grupo Aventura e Desporto de Alcantarilha Gare, a que pertence o meu marido). Foi bem giro e cansativo (apesar de ter ficado com imensas dores nas costas, por causa de termos andando ao pé coxinho numa das provas). E apesar de termos ficado em último lugar (a equipa dos viajantes) tivemos direito a um prémio e tudo (além da gargalhada geral na atribuição do prémio do azar, durante o jantar)!

Mas, afinal, o que é um Rally Paper? Consiste numa prova, feita de carro para cumprir um determinado itinerário (partimos de Alcantarilha Gare, passamos pela rotunda de Alcantarilha, por Lagoa, por Silves, pela barragem de Silves e terminou no local inicial da partida), com uma série de perguntas que podem ser de observação (durante o percurso), de cultura geral, de quebra cabeças e das provas supresa, durante um determinado tempo.
 Após uma série de peripécias engraçadas, tais como andar para trás à procura de um número numa caixa de correio ou de tentar fazer escalada numa escaldante parede ou de tentar resolver o jogo do cubo...chegamos ao final do destino com 18 minutos de atraso (a prova era de 3 horas, fomos muito penalizados por causa disso).





No fim de semana de 25 e 26 de Junho fomos, para a ilha da Culatra, com um grupo bem fixe (eramos nove e tinhamos ainda uma bébé de 3 meses que não deu trabalho nenhum) para uma casa rústica, situada na praia dos Hangares (é uma das três principais praias da ilha, as outras são a Culatra e o Farol).

Nesta ilha, existe uma grande ocupação residente durante os meses de Verão e é parte integrante da Ria Formosa. Esta é um complexo ecossistema aquático constituído por canais que servem de local de abrigo, alimentação e nidificação de muitas espécies de aves migratórias.


Em Olhão, com vista para a ilha da Culatra

Fomos num aquatáxi, carregados de mantimentos (incluindo peixe fresco, carne e carvão para o fogareiro) e até uma cana de pesca de um dos elementos.


Demos uns belos mergulhos na pacífica ria e depois do jantar falamos até às tantas, no bar/supermercado/restaurante, em frente da casa.


Na praia dos Hangares

No dia seguinte, fizemos um exaustivo passeio até às revoltosas praias do Farol e da Culatra, onde estivemos a admirar as casas formosas, as praias e alguns barcos.


Uma das bonitas e modernas habitações locais da praia do Farol

Praia do Farol


Farol


 E no regresso, todos vinhamos com um grande sorriso na cara, de como quem diz: "Isto é que é a boa vida, no Algarve"!